Escalar K2 (8.611 m) tornou-se mais caro. A saber, pela primeira vez em 20 anos os preços aumentaram. O motivo passa mais por preservar o local do que financeiro realmente.
Em suma, acúmulo de lixo nos acampamentos e superlotação já não estavam valendo o esforço para manter os preços congelados. Confira com detalhes este aumento.
Por que escalar K2 tornou-se mais caro?
De fato, o Paquistão aumentou as taxas de licença do K2 após 20 anos. Mas o povo não pode reclamar, pois as taxas permaneceram praticamente com o mesmo valor por um bom tempo. Obviamente, isto foi um esforço para atrair o turismo de montanha.
No entanto, acúmulo de lixo no acampamento base e superlotação, trouxeram pioras ambientais. Logo, as autoridades optaram por limitar o número de alpinistas com alguns aumentos nos preços, mesmo que isso reduzisse os lucros.
Algo que alguns países já fazem em seus pontos turísticos. Para mais exemplos confira o texto: consequências do turismo extrativista.
Por que o K2 é mais barato que outras?

Foto destaque: Sébastien Goldberg | Unsplash
A saber, K2 é o segundo pico mais alto do mundo atrás somente do Monte Everest (8.849 m), então, por que seguiu econômica por tanto tempo?
Em suma, na virada do século a licença para uma equipe de sete pessoas custava US$ 12 mil, mas a partir do atentado do 11 de setembro a situação mudou. Os ataques prejudicaram vários países, incluindo o Paquistão. Naturalmente, os receios aumentaram e autoridades do País decidiram abaixar a taxa em 60% para as expedições de 2003.
A saber, a mesma equipe de sete pessoas agora pagava US$ 7.000 + um extra de US$ 1.000 por cada membro adicional. Logo, houve um reajuste para US$ 1.200 por cada membro adicional.
Para se ter uma ideia do quão barato é, em comparação ao Everest, uma licença custa US$ 11.000 por pessoa. Sim, por pessoa. Naturalmente, os menos afortunados lotam a segunda maior do mundo.
Por fim, a partir de 2023, as expedições ao K2 pagarão US$ 12 mil para uma equipe de sete membros e US$ 3.000 para cada membro adicional. Contudo, não está tão caro assim.
Mais mudanças
Em suma, o documento emitido pelo governo de Guilguite-Baltistão incluiu novos regulamentos, ademais o aumento da taxa de licença. Isso afetará todas as montanhas do País. A saber, o número máximo de membros da expedição está agora limitado a 15.
Logo, uma tentativa clara de evitar a superlotação, pois equipes maiores trazem mais equipamentos e potencialmente deixam mais lixo para trás.
A título de informação, o ponto quatro na seção de termos e condições do documento também mudou: “Uma licença deve ser emitida apenas para um pico. Após a conclusão de sua missão, outra licença será emitida.”
Por fim, se aplicado rigorosamente, isso pode alterar as estratégias para equipes maiores que buscam mais de um pico. Gasherbrums ou K2 e Broad Peak juntos são alguns exemplos.
Nada de mudar o percurso

Foto destaque: Daniel Born | Unsplash
A saber, no verão europeu, várias equipes planejaram escalar Broad Peak antes do K2. Simplesmente por ser mais baixo e mais fácil, além de ajudar na adaptação do clima no K2. Fato é que, alguns também começam no Broad Peak para evitar as multidões iniciais no K2.
Enfim, surgiram notícias de que uma equipe de reparos do K2 estava prestes a atingir o cume e uma janela de tempo bom se aproximava. Surpreendentemente, eles mudaram de planos e escalaram o K2. A saber, o resultado foi cerca de 150 pessoas em uma fila sob o Great Serac em 22 de julho.
Por sorte, tudo correu bem. No final do dia, aconteceu um número recorde de cumes do K2, mas poderia ter sido uma das maiores tragédias da história do montanhismo.
Certamente, os detalhes provavelmente precisam de alguns ajustes e as novas medidas podem ser implementadas de forma mais ou menos rigorosa, mas as novas regras são um passo sensato. Menos aglomeração ajuda em maior segurança e melhor gestão ambiental.
Sacrifícios são precisos
Nesse caso aqui, pequenos fornecedores locais é que podem sofrer. Embora as novas medidas sejam mais sustentáveis, elas exigirão mais investimento em tempo e recursos, aumentando o sarrafo financeiro para os pequenos fornecedores.
No entanto, estabelecer limites para a escalada industrial é uma mudança necessária, considerando as tendências recentes no mercado de 8.000 m. Estratégias recentes têm se concentrado em otimizar recursos, ampliar serviços e multiplicar números (de cumes, clientes, dinheiro e lucro), independentemente dos danos causados às montanhas e ao montanhismo. Algo totalmente prejudicial.
Foto destaque: Daniel Born | Unsplash

Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Esportelândia, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.
Obcecado pelo diferente, tento poetizar quando as notas merecem um tom especial. Longe de ser poeta, apenas um aprendiz, mas o jornalismo, esporte, verdade e escrita foi o meio que encontrei de me conectar com a raiz.