No último sábado, após uma queda em uma escalada no local conhecido como Belchior (lugar de escalada próximo a Brasília-DF), o escalador Arthur Paiva, de 34 anos de idade, faleceu.
Segundo informações disponibilizadas pela associação que administra o local de escalada e por cópia de printscreen de e-mail, que circulam em redes sociais, o escalador teria caído durante a execução de um rapel no procedimento considerado padrão para desmontar um via de escalada.
Ainda de acordo com as informações disponibilizadas em redes socais, na queda Paiva teria fraturado a perna, o que fez com que começasse uma hemorragia. Ainda de acordo com os relatos, o escalador foi atendido pelo resgate e estava consciente, mas faleceu na ambulância devido a perda excessiva de sangue em decorrência à fratura.
De acordo com os manuais de resgate, a perda de mais de 50% do volume sanguíneo de uma pessoa causa a sua morte. A título de exemplo um indivíduo com 70 kg possui aproximadamente 4.900 ml de sangue.
Causas do Acidente
Durante o procedimento de rapel, para realizar a desmontagem de via de escalada, Arthur teria se equivocado com o tamanho da corda e não seguiu o procedimento padrão de dar o nó nas duas pontas da corda. Desta maneira, durante a descida, uma das pontas passou pelo ATC ocasionando a queda.
O local de escalada conhecido como Belchior, fica na cidade de Água Fria de Goiás-GO, de aproximadamente 5.000 habitantes. Distante 120 km de Brasília-DF é um dos mais populares entre a comunidade escaladora. Ao todo o complexo de calcário possui aproximadamente 70 vias de escalada.
A entidade responsável pela administração do Belchior anunciou por meio de redes sociais que as causas do acidente, assim que averiguadas, serão divulgadas à comunidade. Arthur Paiva era casado e deixa esposa e dois filhos.
José, concordo com voce, fico muito triste com a perda do montanhista, e mais ainda pela familia dele, mas a lição que devemos tirar dessa fatalidade é mostrar que como todo esporte, escalar tem riscos, e muitas vezes não há segunda chance…
existem muitos cursos de escaladas de boa qualidade, (eu fiz o meu na Montanhismus) e segurança é tudo…
“doublecheck” é uma técnica usada inclusive na aviação.
Muito triste este acontecimento.
O fato estranho ao fazer a montagem do rapel para a descida antes de passar acorda pelo ATC.
Faz um nó blocante na corda.
Pois mesmo que vc tire a mão da corda vc fica travado!!!
Porque a foto de Arcos no post sobre acidente no Belchior???????
Artur… grande ser humano, grande escalador. Nunca te esqueceremos!
Eu fico muito desanimado com essa notícia.
Não só pela fatalidade, mas pela falta de interesse das pessoas e blogs populares em fazer com que essa fatalidade não seja em vão e contribua mais para a segurança da escalada.
Todo mundo só fala desse bendito nó na ponta, mas sinceramente, isso é o de menos… ninguém analisa a verdadeira sucessão de erros que o escalador cometeu.
1- Não meiou corretamente a corda ou se confundiu.
2- Não fez o nó na ponta
3- E MAIS IMPORTANTE: Não fez nenhum checklist antes de iniciar a descida (devia ter feito duas vezes (doublecheck))
Mil vezes mais importante do que o nó na ponta é o DOUBLECHECK do sistema antes de descer, mas ninguém falou disso.
É desanimador.