Entrevista com Tunico Costel

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Em todas as regiões do mundo existem pessoas que se doam de corpo e alma para o desenvolvimento do esporte na região que mora.

Independente da modalidade, estas pessoas são fundamentais para que novas gerações de praticantes apareça e o esporte deixe de ser de nicho.

Uma destas pessoas que j[a fez muito pelo esporte é o mineiro Tunico Costel, que é dos grandes entusiastas de seu estado por abrir novas vias e solidificar o esporte.

Por ser uma figura tão singular, e por ser indicado por vários leitores a ser entrevistado, a Revista Blog de Escalada procurou Tunico para uma entrevista para sabermos mais sobre ele.

Tunico Você é um conhecido percursor da escalada no sul de Minas gerais. Olhando para trás você mudaria algo na sua caminhada?

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Precursor não, talvez um escalador que tenta difundir a escalada através das conquistas de vias fáceis e legais para obterem-se novos adeptos.

Quanto minha trajetória, não mudaria nada!

Comparando a comunidade de escalada hoje com o da época quando você começou você consegue ver alguma diferença?

Sim, muita diferença, a começar com o número de praticantes, na minha época tinha muito menos, sem falar na escassez de equipamentos.

Hoje em dia, tem muitos praticantes, todos equipados.

Se fosse para você definir um bom escalador, como seria?

Rubem Alves dizia o seguinte: “eu tenho um caso de amor com a vida”.

Um bom escalador é aquele indivíduo que tem um caso de amor com a escalada.

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

A organização da escalada com clubes e federações ainda encontra resistência dos escaladores mais novos. Quais seriam os motivos de tanta resistência?

Não sabia dessa resistência dos mais novos.

Muito se discute da diferença do preço dos equipamentos de escalada vendidos no Brasil e no exterior. Qual a sua opinião quanto a isso?

Tunico-Costel6Infelizmente as taxas são muito abusivas, o que gera equipamentos caros, não compensando adquiri-los aqui no Brasil.

Capitalismo é assim mesmo. Como não conseguiremos mudar o sistema, cabe a nós dar nossos pulos e compra-los fora.

Frequentemente locais de escalada são fechados por mau comportamento de escaladores. Qual a sua opinião a respeito disso?

É uma palhaçada. Ética(aquilo que você faz quando todo mundo está olhando) e caráter (aquilo que você faz quando não tem ninguém por perto) são pilares do escalador.

Quem não respeita devia ser banido ou proibido de frequentar os points.

O clube Montis em Minas Gerais, e o pessoal da Falésia Paraíso em Pindamonhangaba administram propriedades particulares para serem abertas a escaladores. Você acredita que este tipo de acontecimento é bom para a escalada?

Sim, muito importante.

É luta em prol da escalada.

Um exemplo de relação escalador e proprietários, ou seja, podemos conciliar as determinações dos donos do local e interesses dos escaladores.

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

Para quem estiver planejando desenvolver algum lugar de escalada, falésia ou boulder, quais seriam, na sua opinião, os procedimentos a seguir?

Seguir os procedimentos básicos, tais como: conversar com o proprietário ou responsável sobre as atividades que serão desenvolvidas para obter-se a permissão, respeitar as regras de mínimo impacto, zelar pelo patrimônio local etc.

Foto: Acervo pessoal Tunico Costel

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