O salto será feito pelo americano Joby Ogwyn. (Saiba mais aqui)
O evento tem data marcada para maio de 2014 e desde já abre espaço também para uma discussão pertinente: Está ocorrendo uma banalização do Monte Everest?
A questão foi levantada fortemente por Ueli Steck em seu filme “High Tension” o qual ele mesmo declarou que não há mais espaço para montanhistas no Everest.
As imagens contidas no filme da fila imensa de pessoas subindo por escadas e trilhas é chocante.
Para dados estatísticos por ano mais de mil pessoas atingem o “topo do mundo”.
Por conta disso é evidente que hoje chegar ao cume do Everest é uma questão monetária.
Importante lembrar que o Everest é o cume mais alto do planeta, entretanto não é a escalada mais difícil.
Todos os anos aparecem “feitos” estapafúrdios como “a primeira ligação telefônica feita do Everest“, o “primeiro cachorro a subir o Everest” além de metas vazias e sem sentindo medindo sempre o “primeiro XX a realizar YY no Everest” (complete da maneira que achar melhor)
Tudo realizado com sherpas e guias que literalmente carregam o montanhista escada acima.
O “feito” é explorado para a realização de palestras corporativas sobre superação (resta saber de que) .
A pergunta pertinente para esta promoção é: Qual é a linha que divide o montanhismo virando circo (alimentado fortemente por sites que se fomenta e incentiva todo este circo e fogueira de vaidades) e a superação ao chegar ao topo do mundo?
Equipe da redação
Acho bacana, a ideia do salto.
Ele transcende o montanhismo, passa a ser um feito do wingsuit (enquanto esporte). Acho que ele podia ser deixado lá de helicóptero, o objetivo aí é o do salto e não a escalada. Acho que as criticas dos grandes montanhistas, como a do Ueli Steck, não têm nada com esse caso. A crítica destes caras é com relação às expedições comerciais, que levam qualquer um com o bolso cheio ao topo do Everest, que fixam escadas na pedra transformando a escalada num trekking e criando as filas monstruosas. Não vejo diferença entre o Joby Ogwyn e o Ueli Steck, são ambos atletas profissionais de esportes radicais, com seus patrocinadores, buscando sempre desafios maiores.
Dirvan
A discussão não é a respeito da pirotecnia do salto do Joby. E sim à versão do “Verão Vivo” (promoção no Guarujá promovida pela Rede Bandeirantes de Televisão no Guarujá nos anos 80) que está sendo feita ano após ano no Everest.
É vendido como o desafio máximo de escalada, sendo que nem escalada é.
O cerne da questão é : até quando vão sustentar o “Rolezinho no Everest”, e não que um atleta de ponta irá saltar do Everest.