O ano de 2022 ficará conhecido como o do desastre no Manaslu (8.163 m). Cerca de 12 montanhistas ficaram feridos quando duas avalanches atingiram as encostas da oitava montanha mais alta do mundo, logo abaixo do Acampamento IV.
O Departamento de Turismo do Nepal emitiu 404 autorizações de escalada para estrangeiros ao Manaslu, o dobro da média anual. Outros 300 guias nepaleses acompanham os clientes, elevando o número total de pessoas na montanha para mais de 700.
Um helicóptero permanece encalhado e um norte-americano continua desaparecido enquanto as condições instáveis persistem. Segundo fontes, montanhistas sherpas de Seven Summit Treks, Satori Adventure, Imagine Nepal Treks, Elite Expedition e 8K Expeditions, entre outros, ficaram feridos.
Detalhes do desastre no Manaslu
A avalanche atingiu a rota logo abaixo do Acampamento IV quando eles estavam transportando a logística para os acampamentos altos. Mais de 400 montanhistas planejam alcançar o verdadeiro cume do pico em 28 e 29 deste mês.
De acordo com Nirmal Purja da Elite Expedition, todos os clientes e guias estavam seguros. Enquanto isso, Dawa Sherpa da Imagine Nepal Treks informou que cinco de sua expedição sofreram ferimentos, dos quais dois estão em estado crítico.
Da mesma forma, Rishi Bhandari, da Satori Adventure, revelou que três de sua expedição ficaram feridos e um estava em estado crítico. Além disso, Pemba Sherpa da 8K Expedition disse que o montanhista indiano Baljeet Kaur e seu guia sherpa sofreram ferimentos leves e estavam seguros no momento.
Thaneswar Guragai, da Seven Summit Treks, também disse que dois da equipe de expedição SST sofreram ferimentos graves no incidente. As operações de resgate estão em andamento e as buscas aéreas da Simrik Air, Kailash Air e Heli Everest estão sendo realizadas na área. No entanto, o mau tempo está dificultando os esforços de resgate.
A maioria dos montanhistas planejava deixar o acampamento base hoje, mas outros escalaram durante o fim de semana, apesar das condições de risco. Eles queriam chegar ao cume à frente da multidão, por causa dos engarrafamentos previsíveis e da situação imprevisível no campo técnico entre o cume e o “cume real”.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.