Crítica do filme “Africa Fusion”

africa-fusion-cartazChega a ser quase obrigação de um escalador realizar viagens para praticar o esporte e assim lapidar suas técnicas em um ambiente no qual nunca esteve antes.

Além do aspecto técnico do esporte, há ainda a possibilidade de conhecer novas culturas, pessoas e costumes e assim amadurecer não somente como indivíduo, mas também como cidadão.

Aquele que se dedica a somente praticar seu esporte, qualquer que seja, sempre no mesmo lugar está condenando, não somente a si mesmo, mas toda a cultura de seu esporte a ser nanica e rasa.

O escalador Alex Honnold, junto da inglesa Hazel Fidlay, foram até a África para conhecer mais sobre uma parte do continente que abrigou os primeiros espécimes do ser humano.

Viajando ao sul do continente visitaram os lugares mais impressionantes de escalada na África do Sul, além, é claro, experimentar um pouco da cultura local.

Atividades como mergulho, interação com animais silvestres e churrascos com os nativos foram realizadas.

Procurando variar de rocha e estilo de escalada, puderam desfilar todo o seu estilo e filosofias no filme “Africa Fusion”, já disponível para ser baixado ou assistido via streaming.

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Com o evidente objetivo de mostrar as paisagens e lugares pitorescos da África do Sul, é possível assistir no filme Honnold e Findlay mais relaxados e , porque não, sendo eles mesmos.

Somente pelas observações feitas para a câmera em descrição de fatos ocorridos no filme, é possível ver um pouco mais da personalidade dos dois.

Africa-Fusion-8A abordagem que se preocupa mais com as pessoas, e não somente com gritos e movimentos plásticos, surpreende e agrada por conta da boa direção de Robert Breyer.

Pela leveza com que é conduzida cada viagem e descrição do lugar, a imersão do expectador na história é gradual e certeira.

Com um roteiro seguro, sem procurar correr grandes riscos,”Africa Fusion” consegue fazer o expectador viajar junto com Honnold em lugares bastante diferentes de Yosemite, mostrando o americano tentar escaladas esportivas, tradicionais, aderência e, claro, solo.

Por não ter ambição de realizar um épico, e sim focar no lado humano de cada escalador, é que a produção acerta na mão, e realiza não somente um filme simpático e entretenido de assistir.

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A direção de fotografia de “Africa Fusion” também agrada bastante, sendo ao mesmo tempo discreta e exuberante nos momentos certos, sempre equilibrando planos abertos com tomadas de perto dos escaladores.

Muitas das imagens feitas dos lugares os quais os escaladores desfilavam sua técnica e força, servia como um forte convite à visitação deles.

“Africa Fusion” vai muito além do que ser mais um filme de Alex Honnold e Hazel Fidlay, é, portanto, a melhor e mais simpática produção desde suas últimas aparições.

Com isso mais uma vez fica evidente que, quando o foco de um filme outdoor são as pessoas, e não as cenas de ação, a qualidade do produto final apresentado é cativante.

Nota Revista Blog de Escalada:

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