Dois dos maiores destaques da escalada nacional, César Grosso e Felipe Camargo estão literalmente com o pires na mão. Em uma situação que ilustra muito bem como anda o apoio ao atleta nacional para competições internacionais, os dois iniciam campanhas pessoais para a arrecadação de dinheiro para competições.
Os dois atletas que são destaques constantes em competições nacionais e internacionais estão pedindo ajuda a todos para que possam continuar competindo.
Felipe Camargo está vendendo um calendario através de seu blog.
Já Cesar Grosso inaugura blog com o intuito de também arrecadar dinheiro para competir no World Games. O blog do Cesinha pode ser acessado ao lado em um Banner, dando a força para o atual tetracampeão brasileiro.
A pergunta fica: já não seria a hora das marcas de esportes de aventura nacionais abrirem os olhos para a escalada, e principalmente para escaladores?
Se estão hoje de olhos fechados, porque chegou a este ponto?
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
Sinceramente essa questão de patrocínios para atletas e fomento ao esporte através de investimento privado é muito mais complexa eu acredito.Essa discussão tem que ser levantada sim e deveria ter um envolvimento muito maior dos atletas e da comunidade escaladora em todo o Brasil.Creio que alguns pontos fazem com que as empresas e poder público não invistam nos atletas, eventos, conquistas e manutenção de locais de escalada, vou tentar destacar alguns deles._ Apesar de em alguns lugares como no Rio, em São Paulo e no Sul terem uma comunidade de escalada bem unida, com clubes e federações funcionando, pouco se avança no sentido de respeito da sociedade para com a escalada e consequentemente com os escaladores. Isso acontece por desinformação com relação ao esporte e também a desunião dos escaladores, bem como a falta de envolvimento destes em discussões e ações que vão para além do ambiente da rocha. Porém o exemplo da FEMERJ está dado, no Rio de Janeiro as coisas estão caminhando diferente._ Escaladores estão preocupados em escalar e não em fazer política (que é muito necessário para que o esporte ganhe o respeito que merece)._ As leis de incentivo(Rouanet) ao esporte estão aí, porém ainda não se tem conhecimento de nenhum projeto movimento da comunidade escaladora para se utilizar este tipo de mecanismo de fomento ao esporte._ Ao investir no esporte as empresas pretendem ter retorno de alguma forma. A escalada não tem destaque nacional, dessa forma não há retorno de imagem para as marcas, desestimulando os investimentos._ Os escaladores não se movem para quase nada que não seja escalar._ Apesar disso foram várias as iniciativas de apaixonados pelo esporte tentarem de alguma forma criar veículos de comunicação voltados diretamente para a escalada e esportes de montanha, a maioria não passou de um ano de publicação por falta de patrocínio e consequente falta de visibilidade que as mesmas tem._ O poder público (prefeituras, governos estadual e federal) não tem interesse de investir no fomento ao esporte, isso se da principalmente pala desinformação e também pela desunião dos escaladores, que não pressionam os governos através das federações e associações.Recentemente conheci um casal de portugueses na Serra do Cipó. Eles vivem em Cascais no Portugal, região com privilegiada escalada. Segundo depoimentos deles, os escaladores se envolveram e mostraram para a prefeitura o potencial do esporte, esta por sua vez passou a investir nas conquistas e ajudar na manutenção das vias e locais de escalada, além de dar uma sala para a associação de escaladores locais. Exemplos como esse estão aí, o pessoal da FEMERJ já fez muito pelo esporte, mas há muito mais por fazer e nós temos que nos envolver para que funcione.Porque se hoje não há patrocínio, amanhã podemos estar amargando com a continuidade do fechamento dos nossos locais de escalada, fato que já ocorre em Minas Gerais.Pretendo com esse comentário alimentar essa discussão levantada pelo Luciano Fernandes aqui no BLOGDESCALADA, creio que precisamos falar e fazer muito pra mudar esse quadro, antes de começar a perguntar porque as lojas e as marcas não estão querendo nos patrocinar.Espero ter contribuído.Bons ventos e boas escaladas.Daniel Ayer Quintela / BH / MG
Cade o apoio das lojas?Territorioonline, Arco e Flecha, Equinox, cadê vcs… já tá mais do que na hora de vcs darem as caras.