Corte suprema do Nepal derruba restrição de cegos e bi-amputados ao Everest

A corte suprema do Nepal derrubou a restrição imposta pelo ministério do turismo nepalês a cegos e bi-amputados de escalar o Monte Everest (8.848 m). A batalha jurídica, a qual participou um verdadeiro batalhão de advogados. Argumentava que as regras de restrição eram discriminatórias a pessoas com deficiência. A máxima instância jurídica do Nepal, que seria o equivalente ao Supremo tribunal Federal do Brasil, discutiu intensamente o assunto nos últimos meses.

Os cinco juízes que fazem parte da Corte Suprema do Nepal acharam os argumentos apresentados pelos advogados muito bem fundamentados e pediu que o conselho de ministro do Nepal retirasse as restrições da nova regulamentação.

O corpo burocrático do Departamento de Turismo Nepalês indicou que irá acatar a determinação da Suprema Corte assim que recebê-la formalmente. O porta-voz da autarquia afirmou que entendeu os argumentos e que assim que receber formalmente as determinações, as colocará em prática.

A restrição tinha sido imposta desde 2007, gerando vários protestos de empresas de turismo que exploram o montanhismo do Monte Everest (8.848 m) no Nepal, assim como diversos montanhistas portadores de deficiência física. O argumento do Departamento de Turismo do Nepal era de que queriam restringir a maciça visitação ao Monte Everest (8.848 m), procurando adicionar vários filtros, como o pedido de um currículo mínimo de montanhismo.

Entretanto o Departamento de Turismo Nepalês, mesmo com todas as restrições impostas, não conseguiu ainda frear a busca de celebridades e pessoas não ligadas ao montanhismo como, por exemplo, apresentadores de TV e outro tipo de aspirantes a subir ao cume do Monte Everest (8.848 m).

O movimento para a remoção da restrição a deficientes teve como grande expoente Hardi Budha Magar, nepalês bi-amputado que atualmente mora na Inglaterra. O montanhista esta se preparando para subir ao Monte Everest (8.848 m) na temporada de 2018.

Entretanto, a corte suprema não se manifestou contrária a remover a restrição a montanhistas abaixo de 16 anos de idade, ou escaladores em estilo solo ao Monte Everest.

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