A discussão não é de hoje.
Na minha opinião vai se estender eternamente.
Publicado no blog com o endereço antigo, a pedido de pessoas que gostaram do que leram republico o estudo feito a respeito dos escaladores que tem o hábito de consumo de drogas lícitas e ilícitas.
Já adianto que todo e qualquer comentário de teor agressivo não será aprovado.
O estudo teve como objetivo descrever e analisar o uso de drogas lícitas e ilícitas entre os praticantes da escalada em rocha na Grande Florianópolis e em outros estados brasileiros, tendo como justificativa as indicações de Andrade e Portela (2000), sobre o grande número de praticantes que utilizam drogas ilícitas durante a escalada. A revisão de literatura abrangeu os tópicos “escalada em rocha, as drogas e o doping nos esportes”.
Utilizou-se uma metodologia descritiva, aplicada, elaborando-se uma entrevista estruturada para ter um contato direto com os praticantes, com perguntas abertas, evitando inibir ou limitar suas respostas. A amostra não-probabilística intencional contou com 73 escaladores, com idades entre 15 a 45 anos, de ambos os sexos, sem restrição ao tempo de prática. Como principais resultados: 80,8% (59) dos escaladores são usuários de drogas, sendo que a maconha é a droga mais utilizada durante a escalada.
Isto causa várias alterações físicas e psicológicas. Os principais motivos que os levaram ao uso foram à influência de amigos, familiares e a curiosidade, onde 13,5% (8) deles tiveram contato com a maconha no ambiente da escalada.
Concluiu-se que o uso de drogas lícitas e ilícitas entre escaladores ocorre, encontrado-se um grande número de usuários. Os motivos para o uso estão relacionados ao prazer que a droga lhes concede, e para a minoria, o benefício a sua performance.
Fonte: http://www.efdeportes.com/efd99/drogas.htm

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
eu acho q o uso de drogas que deve ser discutido em funçao de qualquer esporte sao as que vão ajudar no rendimento do atleta (anabolizantes e estimulantes em geral)…. pq nao fazem uma pesquisa com isso? Não seria mais esclarecedor?
Essa pesquisa gerou alguma discussão na lista da Hangon há algum tempo atrás. Particularmente acho um erro divulgar este artigo pelo simples fato que ele é metodologica e cientificamente fraco.Além disso, sou de Florianópolis e lembro quando esta e outras pesquisas do gênero foram realizadas pelo mesmo grupo. Curiosamente vi serem selecionados "à dedo" para a pesquisa escaladores que sabidamente faziam uso de maconha.
Acredito que a principal associação entre maconha e escalada está no ambiente em que ela se da, da mesma forma que se fizerem pesquisas com rapeleiros, surfistas, mountainbikers e esportes de natureza em geral o uso da maconha será detectado e também em proporcional quantidade, justamente pelo perfil destas pessoas. Não é isso que diminui o patrocínio, por acaso o pessoal do surf tá sem patrocínio? O Chris Sharma fuma maconha, e aí? Ele deixou de ser midiaticamente apelativo? Deixou de ser garoto-propaganda? Não me importo com a imagem que outros vão ter da escalada, pois eu sei o que ela é pra mim e isso nunca vai mudar. Esta além de patrocínio, competições, ginásios… é a vibração dos amigos, um momento para brincar, a superação a cada semana, a cadaseg, cada muv. E sinceramente, DUVIDO que o uso da maconha seja a razão pela qual falta pratrocínio no Brasil, vamos abrir os olhos, olha a gringa… a diferença está na disseminação do esporte, na comunidade, no apoio… todo lugar tem maconheiro, pq na escalada não pode? Vamos viver e deixar viver. A descriminização esta perto.
Numa cena como essa, aumenta a necessidade de discuções abertas sobre drogas e seus valores éticos, na famílias, escolas, etc.Vejamos a exemplo a Argentina e outros, como Colômbia e México que "…já descriminalizaram o porte de pequenas quantidades de drogas. Brasil e Equador estudam a possibilidade de legalizar determinados usos de droga…" diz o Estadão em – http://www.estadao.com.br/internacional/not_int424465,0.htm.
Parabéns aos 80,8% que fazem com que seja vergonhoso, diante de uma pesquisa dessa, assumir que sou escalador.E parabéns por também mostrarem isso a todas as empresas que adorariam ligar sua marca ao uso de drogas.Parabéns mesmo!
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