Conheça os principais cuidados com a pele em atividades outdoor

Com a proximidade do verão, há também a necessidade de alguns cuidados com alguns aspectos da saúde. Como abordado aqui em um artigo sobre trekking no calor, a pele é um dos focos de preocupação do praticante. Evidentemente que cada tipo de pele reage de maneira diferente ao sol. Portanto, cuidar da pele é muito mais que apenas passar protetor solar. Esse deve ser um mantra, especialmente durante o verão.

Como cada pessoa vive uma realidade diferente, é importante ter em mente que não existe receita de bolo. A falta de cuidados com a sua pele em relação ao sol pode gerar vários problemas e até causar doenças. Portanto, abordar este tema, de cuidados com a pele, é ir muito além do que somente a estética. O excesso de sol pode trazer prejuízos à saúde da pele, mas com medidas simples é possível aproveitar a temporada de sol sem colocar a saúde em risco.

Personalize sua proteção

É necessário utilizar protetor solar para realizar atividades de montanha? A resposta é SIM, sempre. O motivo é relativamente simples: proteger-se dos raios UVA e UVB, que podem provocar câncer de pele além de provocar queimaduras na pele.

A potência dos raios ultravioleta aumenta de acordo com a altitude porque há menos atmosfera para absorvê-los. Estudos a respeito do fator de aumento de exposição a esta radiação foram realizados e chegou-se a conclusão que a cada 300 metros de altura o risco aumenta em até 5%. Assim em um lugar, como o Pico dos Marins (2.420 m de altitude) a incidência de raios UV aumentam 40%. Este fator de risco aumenta quando estamos em algum pico nevado.

Lembrando de se preocupar com o tipo de prottor solar a usar na montanha. O motivo desta preocupação? Não poluir o ambiente de montanha. Cientistas abordam quase que exclusivamente o uso de protetores solares ecologicamente corretos. Nã há um estudo para o impacto de protetores solares na montanha, mas se um produto livre de oxibenzona não destrói os corais, também não destruiria a fauna e flora de regiões montanhosas.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia sugere que o FPS mínimo indicado a qualquer pessoa é o FPS 30 (independentemente da cor da pele). Mas para atividades de montanha é recomendável o uso de protetores solares a partir de FPS 50, o qual deve ser reposto a cada duas horas.

Filtros solares acima de FPS 50 não apresentam evoluções significativas, por isso um produto com FPS 60, 80 ou 100 pode não significar necessariamente melhores resultados.

Áreas sensíveis

Existem áreas do corpo especialmente sensíveis por serem compostas por um tipo de pele mais delicada, como rosto, lábios, pescoço, ombros, orelhas, mãos ou peito do pé. Inicialmente, caso já exista a possibilidade de usar protetor solar adequado, a melhor prática é que estes lugares sejam também protegidos pelas barreiras físicas cobrindo estas áreas mais delicadas.

Portanto, para as áreas delicadas da pele, é importante também usar chapéus, bonés, lenços, camisetas (preferencialmente algum têxtil técnico), etc.. Atualmente já existem tecidos técnicos para esportes outdoor com proteção contra raios UVA. A falta de cuidados pode gerar fissuras nos lábios, que facilitam a ação de vírus que ficam incubados no organismo, como o que causa a herpes, por exemplo.

Apesar de pouco abordado, há também o perigo de adquirir o câncer labial, uma das formas mais comuns do câncer de boca mais frequente em pessoas de pele branca e que ocorre normalmente no lábio inferior.

O ideal é que durante a atividade o protetor labial para os raios UVA seja passado a cada 3 horas.

Cuidados com a pele após a atividade

Antes da sua atividade outdoor, o importante é que a pele esteja limpa, porque se os poros estiverem entupidos, o suor terá dificuldade em sair naturalmente, promovendo irritações e inflamações como acnes e cravos. Uma limpeza com um sabonete é o suficiente para remover a oleosidade produzida durante o sono.

Logo após a atividade, também é recomendável realizar uma limpeza profunda na pele após os exercícios para remover as impurezas, desobstruir os poros, controlar a oleosidade e normalizar o pH da pele. A preocupação com o pH é por causa do acúmulo de suor. O suor tem um pH ácido, o que pode ser agressivo à pele. Evite o uso (excessivo) de sabonete, principalmente nos braços e pernas.

As manchas, as rugas profundas e a perda de elasticidade são sinais do envelhecimento produzido pelo sol. Acostume-se a usar um filtro solar adequado todos os dias, incorporando-o à sua rotina de cuidados com a pele.

Se estiver acampando em algum lugar remoto, aproveite a pureza da água de onde você estiver e também faça uma limpeza, preferencialmente usando sabonetes biodegradável.

Proteja-se do vento

O vento e o clima seco, típico de regiões montanhosas, causam ressecamento e rachaduras na pele e nos lábios. Os ventos fortes são capazes de deixar a pele desidratada, ocasionando lesões e incômodos. Portanto, a mesma lógica de proteção com barreira física (roupas) para o vento é a mesma que para o sol.

A prática de hidratar a pele antes e depois da atividade também. Não esqueça de se hidratar bem, pois essa ainda é a melhor maneira de conseguir uma pele resistente.

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