Qual o tamanho da comunidade de escaladadores no Brasil?

A pergunta que muitos se fazem em todo o mundo é: Qual o tamanho da comunidade de Escaladores?

Há quem afirme que é um número muito pequeno. Outros, com um pensamento mais medíocre, desejam até mesmo que o esporte seja de nicho sempre (muitos destes, inclusive, torceram o nariz quando a escalada tornou-se esporte Olímpico).

A verdade é que ninguém sabe o certo. Houve em todos os lugares do mundo uma tentativa de fazer um censo, mas no Brasil a iniciativa acabou naufragando por vários motivos.

Nesta semana, um site especializado em ranqueamento de escaladores, lançou uma pesquisa para saber qual a preferência do público em geral no esporte.

A pesquisa, que é fruto da parceria do site com um aplicativo de escalada europeu, deseja saber qual a porcentagem de pessoas que preferem praticar escalada em rocha, indoor, boulder, vias guiadas e tradicionais. A pesquisa, que pode ser respondia via internet ou mesmo por smartphone (o questionário pode ser acessado neste link).

Enquanto isso no Brasil

Como pode então qualquer pessoa realizar uma conta rápida para saber quantos escaladores existem?

A melhor maneira para estimar (lembrando que não é exato, mas uma estimativa) é levar em consideração os ginásios de escalada, os quais atualmente são os locais que existem grande fluxo de pessoas interessadas no esporte. Obviamente que existem vários escaladores que não vão a qualquer ginásio, mas para um cálculo aproximado é interessante ao menos partir de um ponto inicial para estimar.

Na lista abaixo, claro, podem estar faltando alguns ginásios, mas como o levantamento é relativo e estimativo, não tem a pretensão de ser um cálculo exato. No Brasil existem, de maneira geral, ginásios nas seguintes cidades brasileiras:

  • Rio Grande do Sul
    • Porto Alegre: 1
    • Caxias do Sul: 1
  • Santa Catarina
    • Florianópolis: 2
    • Joinville: 2
  • Paraná
    • Curitiba: 3
    • Cascavel: 1
    • Ponta Grossa: 1
  • São Paulo
    • São Paulo: 4
    • Vinhedo: 1
    • Campinas: 1
    • Franca: 1
    • Ribeirão Preto: 1
    • Mogi das Cruzes: 1
    • Sorocaba: 1
    • São Carlos: 1
    • Taubaté: 1
    • Guaratinguetá: 1
    • São José do Rio Preto: 1
    • Presidente Prudente: 1
  • Rio de Janeiro
    • Rio de Janeiro: 2
    • Niterói: 1
    • Nova Friburgo: 1
    • Petrópolis: 1
    • Resende: 1
  • Minas Gerais
    • Belo Horizonte: 4
    • Itajubá: 1
    • São Lourenço: 1
    • São Tomé das Letras: 1
    • Itamonte: 1
    • Juiz de Fora: 1
    • Uberlândia: 1
  • Goiânia: 2
  • Brasília: 4
  • Recife: 1
  • Fortaleza: 1
  • Primavera do Leste: 1

Os cálculos agora podem ser feitos da seguinte maneira: Estima-se que em cada ginásio de escalada existam, em média, aproximadamente 100 pessoas diferentes por semana em cada estabelecimento (incluindo crianças e diaristas).

Novamente esclarecendo: sim, existem ginásios que possuem mais, mas também existe alguns que possuem menos. Por isso é que, para o cálculo, utilizaremos uma média. A soma do levantamento.

Dessa maneira a conta ficaria: 51 ginásios de escalada x 100 pessoas por semana (média aproximada) = 5.100 pessoas. Com base neste número, pode-se intuir também que há, em todo território nacional, vários muros particulares de escalada, além de locais de escalada próximo a cidades sem academias.

Estimando que este número seja algo em torno de 30% do total, o número de escaladores em todo o Brasil seria estimado de 5.100 acrescido de 30% = 6.630 escaladores.

Lembrando que, fazendo uma comparação até injusta, nos EUA, segundo o último levantamento, existiam 300 ginásios de escalada em todo o país. Que, segundo os mesmos cálculos, seriam algo como 21.000 pessoas.

Um número que explicaria, entre outras coisas, o porque o mercado outdoor dos EUA é uma das maiores indústrias de lá.

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