Como minimizar o transtorno de déficit de natureza nos jovens?

Como minimizar o transtorno de déficit de natureza nos jovens? É incrível como o simples contato com o verde pode ajudar em depressão, ansiedade ou estresse.

Com crianças cada vez mais conectadas as redes sociais e ansiedades dos cliques, comentários e padrões virtuais, uma relação mais próxima com a mãe natureza pode e deve tornar a vida dessas crianças muito mais saudável e prazerosa. Confira mais a seguir.

Como minimizar o transtorno de déficit de natureza nos jovens?

Infelizmente, atualmente uma criança mal conhece o quintal de sua casa. É rede social aqui, vlog disso para lá… As crianças perderam o interesse de se conectar com a natureza. Aí é que tá… como que vocês pais querem que seus filhos sejam os protetores do planeta, que corre sérios riscos e você sabe, se eles não conhecem o que deveriam proteger?

Simplesmente a conta não fecha. Para fazer algo bem feito não precisamos buscar conhecimento daquilo? Pois bem, introduza seus pequenos ao paraíso da mãe natureza. Invés de ficar compartilhando post disso e daquilo outro, compartilhe com seus amigos essa ideia também.

Compartilhe momentos reais. Sem hipocrisia, óbvio que um Central Park no inverno é lindo, mas uma caminhada no parque próximo de sua localidade já é um começo.

Não necessariamente precisa esbanjar para se conectar com a natureza. Em todo caso, lembre-se disto: tudo que é bom tem um preço e geralmente não é tão barato.

Desse jeito você pode pensar: “ah, então como vou ter esse contato se não tenho dinheiro?” Prioridades. Reveja suas prioridades. Quer reduzir o seu estresse diário e o das crianças? A natureza não falha.

Ademais, você pode até estar pagando mais barato no seu lazer virtual, ou seja lá o que for que te afaste da natureza, mas uma coisa você não pode negar… se estivesse a santa paz na vida de sua família, não estaria lendo esse texto. Para não parecer que esse texto é um puxão de orelha do início ao fim, vamos de pesquisa científica.

Last Child in the Woods

Foto: Muhammadh Saamy /Unsplash

Foto: Muhammadh Saamy /Unsplash

Este livro de Richard Louv passa por crianças e jovens que estão se tornando cada vez mais separados do mundo natural. Essa separação está tendo um impacto profundo no físico e saúde mental dos jovens. Richard toca muito no tópico de abuso do tempo de tela.

Segundo estudos divulgados em 2022, as crianças passaram em média 246 minutos por dia conectados. Por pura “diversão”. Nem mesmo para estudos online se aplicava esse tempo. Ou seja, além de desconectados do mundo real, estão menos produtivos. Do que adianta ter uma poderosa ferramenta e ser submisso a ela?

De fato, em alguns lugares a variedade de passeios ao parque, cachoeiras, praias, trilhas ou qualquer outra atividade que te conecte com a natureza é escassa, quando simplesmente não há. Dentro disso, tem os pais superprotetores que impedem os filhos de cair, se ralar, tocar num sapo ou qualquer outro ser vivo que não seja seu pet.

No entanto, se não houver essa mudança de mentalidade, esse senso de urgência, acha mesmo que a nova geração terá a mesma empatia para com a proteção do meio ambiente apenas olhando via uma tela?

Educação e poder público devem tomar partido

Pare e pense: pegue uma criança que fica conectada o dia inteiro com permissão dos pais ou não, e coloque-a na sala de aula. Atualmente, atividades são feitas online também, logo, mais um período conectado. Quando essa criança deixará de lado a internet se tudo é sobre isso?

Inconscientemente ou não, as crianças estão sendo estimuladas a viver na internet, seja porque é legal ou por ser o melhor método de pesquisa. Os rigores da escola moderna levaram a uma diminuição do recreio devido ao desejo de que as crianças tenham um desempenho superior nas demandas estaduais e federais, o que, muitos acreditam, exige mais tempo em sala de aula.

Invés de tantas aulas online ou na própria sala física, por que não atividades ao ar livre? Alô biologia, química, artes e matérias correlatas…

Os pesquisadores determinaram que o tempo ao ar livre e o espaço verde reduzem a ansiedade, o estresse e a depressão. Crianças e jovens que se envolvem em brincadeiras ao ar livre sem supervisão são mais criativos, desenvolvem uma melhor compreensão do risco, têm níveis mais elevados de autoestima e são menos propensos a desenvolver diabete tipo 2.

Por conseguinte, quem passa mais tempo ao ar livre está propenso a se preocupar com questões climáticas, terras públicas e cuidar de espaços ao ar livre. Portanto, estimule o seu entorno a um hábito mais verde. Dentro disso, cobre os representantes de sua região para contribuírem com a preservação do meio ambiente e elaborem atividades de maior contato com a natureza.

Um passo por vez, assim que deve ser. Como o próprio Neil Armstrong disse, dado o devido contexto: “esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.”

Foto destaque: Claude Piché /Unsplash

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