por Rose Berkka
Quem pratica esportes outdoor no Brasil já reparou que há muito tempo deixamos de estar ilhados no que diz respeito a compra de equipamentos…
Quero dizer que a 15 ou 10 anos atrás era difícl conseguir equipamento de qualidade por aqui, fosse importado ou nacional. Hoje a realidade é outra, encontramos praticamente tudo que precisamos aqui mesmo na terrinha.
De barracas a calçados, mochilas a headlamps e até mesmo eletrônicos sofisticados (como um GPS), equipamentos importados e até nacionais de qualidade. Mas e a comida??
Quem faz um trekking de dois dias ou entra em um barco para passar uma semana longe da civilização está “condenado” a comer Miojo??!! nada contra o querido Miojo, mas passe 4 dias comendo esse macarrão com pó de “sabe Deus do que”… é duro!!
Pois é… temos altas mochilas, tudo o que há de melhor em segurança, roupas pra lá de técnicas, mas ninguém estava se lembrando da comida. Bom, isso até agora, pois uma empresa do interior de São Paulo, a Berkka Liofoods® , desenvolveu a primeira marca de comida liofilizada da América do Sul, a Liofoods.
Comida liofilizada??? que diabos é isso? sim, eu me fiz essa pergunta quando ouvi falar da Liofoods pela primeira vez. Para responder essa pergunta de forma segura e técnica, ninguém melhor do que a “mãe da criança”:
” O processo envolve dois métodos confiáveis de conservação de produtos biológicos – congelamento e secagem – não utiliza conservantes ou produtos químicos e o controle de umidade é realizado por sublimação. Este processo, se comparado a outros meios de desidratação, mostra que preserva células, bem como frutas, vegetais, carnes, peixes e alimentos em geral.
Na liofilização, o produto é congelado abaixo de -30°C, e submetido a uma pressão muito baixa (alto vácuo), fazendo com que a água dos alimentos que foi transformada em gelo seja sublimada, ou seja, passará diretamente do estado sólido para o gasoso, resultando num produto final com estrutura porosa livre de umidade.
Os produtos liofilizados têm suas propriedades originais mantidas – forma, cor, aroma e sabor – e quando conservados adequadamente, mesmo à temperatura ambiente, resistem intactos por muitos anos. Desta forma, obtêm-se produtos da mais alta qualidade, de reconstituição instantânea e que possuem longa vida de prateleira, apesar de a legislação brasileira permitir dois anos de validade.
Outro efeito importante é a diminuição de peso e volume, além da possibilidade de manusear alimentos que, naturalmente, são perecíveis, sem necessidade de refrigeração, facilitando operações logísticas de armazenamento, transporte e distribuição.”
Por Kiko Araujo
O grande barato dessa técnica é que se pode liofilizar quase tudo, por isso a variedade de pratos é absurda, vai desde aves e peixes a sorvete. Pensando em quem pratica esportes outdoor, duas características da comida liofilizada fazem toda a diferença: peso e volume. Sem água o alimento fica muito, muito leve e compacto.
E para rehidratar? muito fácil… só jogar água. Veja bem, só jogar água, não precisa cozinhar pois a comida já está pronta.
Eu já experimentei e por isso mesmo estou falando sobre o produto. Almocei um strogonoff de frango com arroz e batata. A batata não estava muito saborosa, mas o arroz e o strogonoff estavam perfeitos… fiquei imaginando um jantar em um platô sem o miojo e sim com um belo strogooff de frango… muito maneiro!
fonte: http://www.adventurezone.com.br/post.php?id=300
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.