“Climbing Escalade Canada” anuncia política de inclusão de transgêneros na escalada esportiva

Tecnicamente, alguém Transgênero (trans) não se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer. Se esse indivíduo se identifica com o gênero feminino, trata-se de uma mulher transgênero e vice versa. Assim, no ano de passado, os EUA, por meio do Departamento de Educação, decidiu que é ilegal mulheres Transgênero participarem de competições femininas.

O posicionamento do Departamento se deu em resposta a um pedido da Alliance Defending Freedom, em favor de competidoras femininas que alegaram ter perdido oportunidades competitivas e possíveis bolsas de estudos em várias competições estaduais, após terminarem as disputas atrás de atletas trans.

Desde então muito se discutiu no aspecto esportivo sobre a inclusão, ou não, de atletas trans competirem na categoria a qual se identifica, não a que nasceu. Atualmente o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite que atletas trans mulheres participem de competições da categoria feminina junto às mulheres não trans, com a condição de que tenham índice de testosterona inferior a 10 nmol/L (nanomols por litro de sangue) por pelo menos, 12 meses antes da primeira competição.

O critério de escolha para que um atleta trans possa competir, está nas mãos de cada federação esportiva, pois é um assunto que ainda requer muito estudo e reflexão para uma definição consolidada e justa.

Canadá implementa política de inclusão

A Climbing Escalade Canada (CEC) tomou na semana passada a decisão de adotar uma Política de Inclusão de Transgêneros para escaladores transgêneros no Canadá, oferecendo, na opinião dos organizadores canadenses, acessibilidade em um nível sem precedentes.

O CEC decidiu avançar com sua Política de Inclusão de Transgêneros por uma série de razões, e por meio de nota à imprensa, disse “acreditar que todos os indivíduos têm igual direito a um ambiente respeitoso e inclusivo na escalada”. Disseram ainda que acreditam que cabe à escalada se adaptar aos seus participantes e não aos participantes, em sua identidade ou não, se adaptarem ao esporte.

Isso sugere que o formato das competições de escalada esportiva pode mudar para melhor se adequar à equidade. A Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC) testou recentemente uma competição que incluía ambos competidores masculinos e femininos em times. O evento baseado em equipe difere da competição individual.

A escolha da federação canadense abre as portas para o inicio de conversas sobre as diferentes maneiras como o esporte pode categorizar seus atletas. Porém, a nova política canadense difere das atuais diretrizes do COI, nas quais os atletas do sexo feminino podem competir sem restrições, quando as atletas trans devem passar por terapia hormonal para participar.

De acordo com o CEC, o COI está esperando até depois das Olimpíadas de Tóquio para publicar novas diretrizes sobre atletas transgêneros que devem proteger a inclusão, segurança e justiça no esporte.

Comente agora direto conosco

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.