O governo chinês informou por meio de um comunicado oficial aos operadores que a partir de 1º de janeiro de 2019, várias novas regras serão implementadas. Organização de expedições, auditoria, recepção, gerenciamento, segurança e proteção ambiental para expedições de montanha em Cho Oyu (8.201 m), Shishapangma (8.013 m) e Everest (8.848 m). O anúncio foi divulgado pelo jornalista Alan Arnette.
O jornalista vinha prevendo em seus artigos que as expedições à montanha mais alta do mundo iriam cada vez mais caras e que a China iria começar a dificultar o acesso a elas. De acordo com o jornalista o anuncio feito pela Associação de Alpinismo Chinesa e da Associação de Alpinismo do Tibet confirmaram essa tendência.
Uma das principais mudanças pelo governo Chinês é que para “garantir o desenvolvimento saudável e ordenado do montanhismo e minimizar a ocorrência de acidentes de alpinismo, as equipes de montanhismo que forem organizadas no Nepal temporariamente não serão aceitas”. Portanto, nenhuma empresa nepalesa pode fazer escaladas em Cho Oyu, Shishapangma ou Everest. Ou seja, a China obrigará as equipes de montanhismo a escolherem qual lado se dedicarão a escalar durante a temporada.
De acordo com Alan Arnette, praticar montanhismo no Tibet tem se tornar mais caro e mais controlado. Embora a intenção de algumas das novas regras seja boa (a respeito do lixo e resgate centralizado), outras são de natureza onerosa e podem resultar em despesas inesperadas. Escalar o Everest pelo lado lado do Tibet era visto historicamente como mais barato, mais selvagem, mais livre e independente do que o lado do Nepal. Mas ao que parece, especialmente quem deseja aparecer como destaque para praticar alpinismo social, estes dias acabaram. Definitivamente quem quiser praticar montanhismo em picos acima 8.000 metros de maneira independente, o Everest não é uma opção. Para isso seria melhor considerar Makalu (8.481 m) ou Dhaulagiri (8.167 m).
Mais informações: http://www.alanarnette.com
