A prática do campismo, ou pelo termo do inglês camping, é uma atividade bem antiga. Conforme contado no artigo da Revista Blog de Escalada sobre a história das barracas, o ser humano desde os primórdios acampava.
Após o início da Revolução Industrial, acampar é elogiada por especialistas em saúde mental por fazer maravilhas para aliviar a ansiedade, o estresse e a depressão. Na década de 1880, um grande número de pessoas começaram praticar atividades de lazer, que estava ligado à mania vitoriana da navegação de recreio.
O equipamento de acampamento inicial era muito pesado, por isso era conveniente transportá-lo de barco ou usar embarcações que se convertiam em tendas. A história do acampamento recreativo é muitas vezes creditada a Thomas Hiram Holding, um alfaiate viajante britânico e foi popularizado no Reino Unido no rio Tâmisa.
Holding foi o responsável pela popularização de um tipo diferente de acampamento no início do século XX. Seu livro sobre sua experiência na Irlanda, “Cycle and Camp in Connemara“, levou à formação do primeiro grupo de camping em 1901. Nos EUA, o camping tem suas origens ligadas à publicação de William Henry Harrison Murray, de 1869, intitulada “Camp-Life in the Adirondacks”, resultando em uma enxurrada de visitantes aos Adirondacks no verão do mesmo ano.
A historiadora Phoebe SK Young examina em “Camping Grounds” como a percepção norte-americana do camping evoluiu do século XIX até hoje. A autora é é professora associada da University of Colorado em Boulder, sendo responsável pela cadeira de história cultural e ambiental dos EUA.
Assim como muitas pessoas que habitam o estado norte-americano do Colorado, as atividades outdoor sempre esteve entre os interesses de pesquisa de Phoebe Young, mesmo antes de começar o “Camping Grounds”. Elementos deste projeto apareceram no Journal of Social History (outono de 2009) e Cities in Nature: Urban Environments of the American West
Na obra, a autora postula que o camping, como a maioria das pessoas conhece, se desenvolveu gradativamente ao longo de mais de um século, à medida que o público passou a ver a prática como uma forma ecológica de recreação.
Descrevendo momentos específicos ao longo das décadas em que dormir ao ar livre ganhou um novo significado e popularidade e, no livro, procura ir além da definição recreativa e tenta a todo momento responder a pergunta: “O que é camping?”.
Ficha técnica
- Título: Camping Grounds: Public Nature in American Life from the Civil War to the Occupy Movement
- Autor: Phoebe S.K. Young
- Edição: 1ª
- Ano: 2021
- Número de páginas: 432
- Editora: Oxford University Press