Campeonato Brasileiro – duvidas, lamurias e churumelas

A última rodada do campeonato brasileiro de escalada esportiva foi realizado neste último final de semana, e mesmo me recuperando de uma infecção alimentar forte que me colocou internado por uns dias fiz questão de presenciar o evento.

Primeiro para conversar (e conhecer pessoalmente) a “super” Patrícia Mattos do Rio de Janeiro, assim como os atletas da delegação fluminense que literalmente invadiu a cidade de São Paulo (no bom sentido claro).

Patrícia é daquelas pessoas que transmite muita energia positiva e motivação em suas frases, e aprovou o que desenvolvi até o momento do “Sistema Brasileiro de Organizações de Campeonatos de Escalada”, assim como alguns atletas cariocas.

Com conversa com todos deu para sentir que a vertente de idéias vinda do Rio de Janeiro é mesmo a tendência de organizações dos campeonatos brasileiros de escalada. Apesar de no ano de 2008 ter sido considerado ameaçado, a promessa para o ano de 2010 é excelente.

Se todo escalador tem o sonho de poder conseguir um patrocíno, e em conversas reservadas com vários, a comparação com países que apóiam os atletas é inevitável. Porém aqui no Brasil existe este apoio sim, e chama-se bolsa atleta.

Para saber mais detalhes sobre o assunto, basta cada interessado ler em: http://portal.esporte.gov.br/snear/bolsaAtleta/como_participar.jsp

Porém vale somente para aquele que ficou entre os 3 melhores de sua categoria.

Resumindo bem, o atleta que se esforçou para participar, mesmo não estando com qualquer oportunidade de vencer o título, e ficou entre os 3, poderá ser pago para escalar.

Apesar de saber que posso criar certas rusgas ao afirmar isso, eu sou amplamente a favor de que todo e qualquer campeonato soomente permita atletas federados a participar. Eliminando a história de atletas que participam “mas não pontuam” se não são federados. Ao meu ver é uma forma de toda e qualquer federação valorizar o seu produto. Afinal aquele que quer participar, mas nao quer colaborar (quero competir, mas nao quero ser federado) na minha visão não quer fazer parte da sociedade.

A rodada paulista do campeonato foi muito popular entre a comunidade escaladora, e todos os mais presentes em termos de engajamento, treinamento e etc estavam lá nem que fosse para apoiar quem estava trabalhando no evento. Se houve público é porque todos gostam de assistir campeonatos, mesmo que o camponato não seja no estilo “super bowl ” americano, com intervalos comerciais de 1 milhão de dólares.

Todas as vias que pude presenciar escaladores tentanto priorizou, e muito, além da leitura, uma qualidade técnica mais apurada. Aquele atleta que tem, além da tracicional força, uma técnica mais apurada, elasticidade e controle tático da ascenção sobressaiu. Ficoou muito evidente que aquele escalador acostumado a levar tudo no muque, e ter alguma vantagem fisiológica que disfarce alguma deficiência técnica e tática se decepcionou.

Na minha visão crítica, e pessoal, acho que todas as vias de campeonatos deveriam ser assim. Aquele que tem uma base técnica superior, e não o “incrível hulk”, se sobressai.

Exatamente por isso que no campeonato houve surpresas mais do que agradaveis como o jovem Rafael Takahace mostrando que é uma realidade em campeonatos. E que em um futuro não muito longe tem de tudo para fazer sombra aos escaladores considerados “top” do país.

O escalador César Grosso mostrou porque hoje é considerado o melhor escalador na América do Sul. Praticamente sem suar passeou nas vias da eliminatória e terminou as vias da final (já fazendo mais força) com a tradicional calma e determinação marcantes a ele.

Cesinha assim se consagrou como o UNICO pentacampeão da história da escalada brasileira, e talvez (aguardo confirmação) o primeiro tetracampeão seguido. Com isso o escalador e nutricionista se consolida como o maior nome da escalada do país da atualidade.

No feminino, a força fica por conta da já mítica Janine Cardoso, que nas vias que escalou mostrou porque hoje é campeão Sulamericana de escalada. Força , técnica e uma capacidade de improvização aliada a uma pegada assombrosa em pequenas agarras ainda a faz soberana sobre as demais.

A todos que tem potencial, mas não quizeram competir, fica a mensagem do diretor da IFSC no filme Progression:

Você só pode dizer que é o melhor quando compete com os melhores, faz o seu melhor e prova que é o melhor.

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