Câmeras apostam em 3D e wi-fi

Com a popularização de smartphones equipados com câmeras fotográficas cada vez melhores, as grandes empresas de fotografia já estão buscando incorporar as novas tecnologias aos seus produtos.

A japonesa Nikon, por exemplo, lançou a COOLpix S800c, uma câmera digital compacta de 16 megapixels que funciona com o sistema operacional Android.

O aparelho possui wi-fi e oferece ao usuário a possibilidade de baixar aplicativos para edição de fotos na GooglePlay, loja virtual do Android.

A D4, uma D-SLR (Digital Single Lens Reflex, máquinas em que o visor vê através da lente graças a um jogo de espelhos, diferente das compactas) da mesma empresa, também se destaca por poder ser controlada por um iPad ou iPhone e se conectar à rede para enviar arquivos através de um dispositivo acoplado, o Transmissor Sem Fio WT-5A.

Já a Samsumg lançou a smart camera WB850f, câmera digital compacta de 16.2 megapixels com wi-fi, acesso a redes sociais, e-mail, SkyDrive (sistema de armazenamento em nuvem da Microsoft), backup automático e GPS para fornecer a localização das fotos tiradas.

A Sony possui a Cyber-shot RX100, ainda não lançada no Brasil, que tem como diferencial ser uma câmera digital compacta com ótima qualidade de imagem, semelhante à de uma SLR, com 20.2 megapixels.

Além disso, todos os modelos a partir da DSC W630 possuem um sistema de pré-edição no qual o usuário pode escolher efeitos e filtros para aplicar nas fotos, além da opção de fazer fotos panorâmicas. Outro modelo da marca, a compacta DSC-WX50 permite tirar fotos em 3D.


Em 2011, vendas de câmeras cresceram no País

De acordo com estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado GfK Consumer Choices, 4,7 milhões de câmeras digitais compactas foram vendidas no país em 2011, um aumento de 20% em comparação ao ano anterior.

No mercado mundial, a venda dos aparelhos caiu em 5%. A empresa atribui esse crescimento brasileiro a diversos fatores, entre eles, queda nos preços dos produtos e o fato de que as câmeras de celulares ainda não têm a mesma qualidade das DSCs (Digital Still Cameras).

Apesar da recente queda nas vendas no mundo, relatórios da GfK Consumer Choices revelam que há uma grande demanda mundial por câmeras digitais compactas e concluem que os smartphones não conseguiram absorver completamente este mercado.

Para a empresa, a relação entre as câmeras digitais e os smartphones é ambígua: enquanto o mercado de celulares pode englobar parte dos consumidores das DSCs, o uso frequente da câmera do dispositivo móvel pode despertar gosto pela fotografia em usuários, fazendo com que eles busquem câmeras fotográficas de melhor qualidade.

A pesquisa ressalta que as inovações tecnológicas das câmeras digitais são importantes na hora de atrair o consumidor. Se as DSCs vencem os smartphones em número de megapixels (a média da câmera é de 16 megapixels, enquanto a do celular é de 5), os celulares estão na frente em quesitos como conectividade e tecnologia touchscreen.

A GfK informa que, em 2011, apenas 10% das câmeras digitais eram equipadas com wi-fi (contra 87% dos smartphones), e uma em cada 10 possuiam touchscreen (contra um em três celulares).

“Percebemos que a usabilidade das câmeras dos celulares aumentou, mas o consumidor brasileiro ainda consegue separar a qualidade de uma foto de uma câmera fotográfica e a de um celular”, afirma Rafael Stival, gerente de marketing da linha de câmeras digitais compactas da Sony.

“O mercado está em crescimento e a expectativa é que aumente ainda mais, devido à Copa do Mundo, à Olimpíada e à ascensão da classe C”, explica. O gerente informa que a empresa busca trazer mais qualidade de imagem aliada ao caráter compacto das DSCs.

“Ter uma câmera de boa qualidade guardada no bolso é importante. Quando se tira uma foto com smartphone, na tela do celular ela parece boa, mas quando é vista no computador ou impressa, há uma grande perda de qualidade”, pontua ele. “Em eventos importantes, como aniversários, ou fotos com amigos e família, o consumidor ainda valoriza a câmera fotográfica”.

 

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