ATUALIZAÇÃO – 18/06/2019 16:10
Os responsáveis pelo pouso do avião de turismo a 400 metros topo do Mont Blanc foram dois montanhistas suíços. O casal pousou a aeronave a 4.450 metros de altitude. A polícia viu o avião na face leste do Mont Blanc, disse o tenente-coronel Stephane Bozon, chefe do serviço de resgate de montanhas em Chamonix, à Agence France-Presse (AFP).
A área, segundo autoridades, não é uma zona de pouso autorizada. A polícia conseguiu interceptar os dois montanhistas suíços para obter sua identidade e pediu-lhes para voltar atrás. O nome da dupla não foi revelado.
As autoridades francesas ainda não se declararam a respeito de que tipas de atitudes legais perante ao casal serão tomadas.
O Peloton de Gendarmerie de Haute Montagne (PGHM), pelotão da polícia de alta montanha francesa, autuou que um avião de turismo pousou esta manhã (horário local) no sopé do topo do Mont Blanc (4.810 m). A polícia suspeita que o pouso foi para burlar as restrições de escalada ao local, as quais foram implementadas pela prefeitura local. Montanhistas que quiserem escalar pela via normal o Mont Blanc, só poderão fazê-lo com uma reserva em um dos abrigos do itinerário. A lei vigora desde o último dia 31 de maio.
A notícia do pouso do avião foi dada pela prefeitura de Chamonix-Mont Blanc e confirmada pela Revista Blog de Escalada. Todos os anos, o Mont Blanc atrai mais de 25 mil escaladores de todo o mundo, o que causa “fenômenos de saturação dos abrigos, problemas de segurança, maus comportamentos e prejuízos para a ordem pública”.
O prefeito de Chamonix-Mont Blanc Eric Fournier afirmou em nota que “este comportamento inédito é totalmente inadmissível. Constitui um atentado intolerável ao ambiente de alta montanha e a todas as medidas de proteção existentes. Saúdo a intervenção do PGHM que servirá, espero eu, para dissuadir qualquer um que tente reproduzir este tipo de provocação”.
Qualquer pessoa que contestar as pessoas encarregadas de aplicar o novo decreto, pode ser condenada a dois anos de prisão e a pagar uma multa de € 30 mil. Caso seja um grupo, a pena é de três anos de detenção e multa de € 45 mil.
Cissa Carvalho é natural de São Paulo e praticante de esportes outdoor desde os 8 anos de idade. É alpinista fanática, e nas horas vagas tenta escalar em rocha, surfar e arranjar dinheiro para continuar viajando. Já esteve em todos os continentes e já escalou na América do Sul, África, Ásia e Europa