A mochila Volt 60 da marca Osprey tem como objetivo permitir que o usuário carregue um volume de bagagem suficiente para uma viagem de mochilão, travessia de vários dias ou um final de semana de acampamento. Seu sistema de amortecimento e regulagem de altura visam dar mais conforto e estabilidade ao usuário.
Segundo o seu fabricante é bastante leve dentre os modelos existentes no mercado, se à mesma capacidade (60 litros) no mercado, é bastante versátil e permite otimizar o espaço interno com bolsos bem localizados e desenhados para ampliar a capacidade da mochila.
O teste
A mochila Volt 60 da Osprey foi testada em 2 trekkings de média dificuldade: Parque da Cantareira, na região metropolitana da cidade de são paulo, e o Pico dos Marins, na região de Piquete-SP. O produto foi testado também em um dia de escalada na Falésia Paraíso em Pindamonhangaba-SP.
O equipamento foi carregado com carga mediana (8 kg + peso da mochila) que possibilitasse o deslocamento de vários quilômetros sem a necessidade de várias paradas para descanso.
Durante o trekking no Pico dos Marins houve a ocorrência de ventos fortes com pequena incidência de garoa fina. A mochila foi transportada até os locais em porta-malas de automóveis junto com outros equipamentos. Não houve contato com nenhum produto químico ou solvente durante todos os testes.
A mochila durante o dia de escalada foi carregada com equipamentos de escalada, o que a tornou mais pesada que os testes de trekking. Durante o dia de escalada houve tempo ameno e ensolarado, livre de chuvas e umidade.
A mochila não foi lavada em máquinas e, quando necessitou limpeza, foi limpa com pano úmido sem resíduos produtos de químicos.
Prós
- Conforto
- Leveza
- Robustez
- Bolsos externos
- Ajustes
Contras
- Ausência de capa de chuva
- Difícil ajuste da altura das alças
- Tamanho das fitas de ajuste
Notas
- Qualidade de material : 5,0
- Acabamento : 4,5
- Design : 3.5
- Conforto : 4.5
- Relação Peso x volume: 5,0
- Relação custo x benefício: 4,0
- Nota final: 4,41
Opinião
A mochila Volt 60 da Osprey causou boa impressão durante todo a bateria de testes a qual foi submetida. Desde o início mostrou-se bem robusta e a cada uso surpreendia com detalhes em seu design que não é visto em modelos desta capacidade.
O que chamou bastante a atenção foi seu peso próprio que, se comparado à outras mochilas de mesma capacidade, impressiona pela leveza. Em seu trabalho de design ficou claro a preocupação dos desenvolvedores em oferecer um produto com vários compartimentos estrategicamente criados para facilitar o uso da mochila, sobretudo em viagens de mochilão. Por causa da localização dos bolsos e ajustes de cintura e alças a quantidade de vezes que se tem de tirar e colocar a mochila é diminuída sensivelmente. O ajuste na cintura é, sem sombra de dúvida, dos mais práticos e eficientes no mercado.
Seu sistema de estabilização funciona perfeitamente e, se bem regulado, permite que o peso seja minimizado sensivelmente. Porém durante o uso prolongado houve um certo incômodo das alças no osso da clavícula que persistiu após várias tentativas de ajuste para minimizá-lo.
O detalhe que é fundamental ser revisto pelo fabricante é a ausência de uma capa de chuva que venha com a mochila. Por ter sido alertado no momento de retirada da mochila desta ausência não houve nenhuma surpresa, mas este é uma escolha um tanto equivocada pela marca.
Durante uma caminhada contínua de 1 hora, a mochila não fez as costas suarem excessivamente, nem comprometeu as roupas que estavam sendo usadas, o que mostra boa estabilidade do equipamento. Porém o comprimento exagerado das fitas de regulagem durante trekkings em vento forte incomodavam dando pequenas chicotadas no rosto e torso, o que atrapalhou o prazer do equilíbrio do peso.
Para atividades urbanas com a mochila, muito comuns a quem planeja realizar uma viagem de mochileiro, a Volt 60 saiu-se com rendimento impecável e seu visual minimalista e moderno contribui para um passeio prazeroso.
A mochila Volt 60 é muito indicada a mochileiros que planejam viagens curtas (3 a 7 dias) para qualquer lugar do mundo. Para quem planeja utilizar o modelo para atividades de montanha fica a observação da ausência de capa de chuva e a necessidade de adquirir uma separadamente após a compra.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.
Olá, uma dúvida, onde fica a barraca? Obrigado.
A opinião do blog sobre a falta da capa de chuva é bem acertada, mas as alças de ajustes e as fitas não. As mochilas Osprey tem exatamente isso de forte, elas são limpas. A minha maravilhosa Deuter Quantum por exemplo, tem um mar de fitas…idem para Kailash que me acompanha. O bom da Volt é que ela é uma light backpack. Fáz o que promete!
Oi Andreia
A questão das fitas foi o seguinte : o comprimento delas, apos ajustadas, ficaram sobrando e na ventania ficaram me estapeando todo o tempo no rosto e nos ombros. No caso de uma travessia longa eu poderia ter usado algum esparadrapo para enrola-las, mas eu estava apenas em mum trekking de 2 dias. Mas como nao tinha acontecido com outro equipamento que ja testei, optei por colocar isso na observação. Pois as mochilas deuter que testei assim como o outro modelo da própria Osprey não tiveram o mesmo “problema”
Abs