As botas botas Altitude V da marca HiTec tem como objetivo principal oferecer estabilidade e segurança em trekkings, especialmente de travessas, e caminhadas na natureza .
Segundo o seu fabricante as botas botas Altitude V são 100% impermeáveis e respiráveis, sendo recomendadas para atividades na natureza como grandes travessias, trilhas exigentes e passeios monitorados em ambientes de montanha.
O equipamento possui peso aproximado de 475 gramas, e sistema de impermeabilização membrana Tec-Proof que faz com que o couro sintético seja impermeável. Seu forramento possui sistema Mesh que também é respirável, e um solado com borracha de fibra de carbono e tecnologia própria para maior tração e durabilidade.
O Teste
As botas Altitude V foram testadas em um trekking de dificuldade mediana que foi a subida ao Pico dos Marins (2.420 m de altitude), no estado de São Paulo, no qual enfrentou temperaturas que variaram de 20ºC durante o dia, e 0ºC à noite.
Durante a ascensão ao Pico dos Marins foi testado em duas situações diferentes: caminhada de aproximação com mochila pesada e uma outra caminhada sem peso. Durante os dois estilos de caminhada foi realizado escaladas em aderência em trechos de rocha de grau baixo (aproximadamente 2º grau).
Durante as caminhadas noturnas no Picos dos Marins houve chuva fina durante aproximadamente 1 hora e ventos fortes de aproximadamente 50 km/h.
O equipamento foi testado ainda em um trekking de baixa dificuldade no Parque Estadual Jaraguá durante dia nublado e temperaturas de aproximadamente 18ºC.
As botas Altitude V foram utilizadas ainda na condução do veículo para verificação da alteração da sensibilidade no momento de dirigir.
O equipamento foi usado ainda em várias caminhadas urbanas em parques e ambientes úmidos que exigissem agarres do solado como calçadas íngremes sob garoa fina e constante.
Prós
- Travamento do tornozelo
- Impermeabilidade
- Respirabilidade
- Agarre do solado
Contras
- Cadarço se afrouxa rapidamente
- Dureza do couro quando novo
Notas
- Qualidade de Material: 4,0
- Acabamento: 4,0
- Design: 4,0
- Ergonomia: 3,5
- Facilidade de Limpeza: 5,0
- Relação Peso x volume: 3,5
- Relação custo x benefício: 4,0
- Nota Final: 4,00
Opinião
As botas Altitude V da marca HiTec impressionaram pela robustez desde o momento que recebemos o produto. A aparência rústica combinava com a robustez prometida que o produto possuía.
Durante os primeiros dias de uso causou estranheza por sua alta rigidez, que exigiu alguns dias de uso intenso até que amaciasse e abrisse a possibilidade de um trekking mais longo e exigente.
Para os testes iniciais de agarre do solado as botas Altitude V impressionaram pelo seu agarre, mesmo em calçadas com musgo e bastante molhada não escorregou nenhuma vez. Apesar de que utilizar a bota em asfalto durante o tempo prolongado faz com que os joelhos sintam dor no final do dia devido ao seu peso (475 gramas) e a falta de absorção de impacto da borracha do solado.
Entretanto durante o uso em trilhas, sua performance foi impecável, sobretudo pelo agarre apresentado na rocha nas “escalaminhadas” do Pico dos Marins e nos decks de madeira molhados do Parque Estadual Jaraguá.
Quando foram exigidas durante caminhada com tempo mais frio e úmido também não decepcionaram, conservando o calor dos pés devidamente.
O tecido de couro sintético merece um destaque pela sua resistência à abrasão.
Um ponto que desagradou um pouco foi o constante afrouxamento do cadarço durante as caminhadas e prejudicou um pouco a velocidade de aproximação. O movimento de pronação dos pés também ficou um pouco comprometido quando a bota estava no período de amaciamento.
As botas Altitude V é o produto ideal para quem procura um equipamento que ofereça longevidade e durabilidade a várias travessias e trekkings, pois mesmo com uso intenso durante vários dias mostrou pouquíssimos sinais de desgaste acentuado.
Apesar de ser um equipamento versátil não deve ser usada para aproximações em alta montanha.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.