Os três montanhistas que estavam desaparecidos por duas semanas na subida do K2 no Paquistão foram considerados mortos pelas autoridades paquistanesas, encerrando as operações de resgate. O islandês John Snorri, o paquistanês Muhammad Ali Sadpara e o chileno Juan Pablo Mohr iniciaram a parte final da subida do segundo pico mais alto do mundo (8.611 metros) em 5 de fevereiro, não mostraram sinais de vida desde então.
Dados estatísticos indicam que um em cada três, ou até 25%, dos montanhistas que procuram chegar ao cume do K2 morre tentando. Recentemente, a área tirou a vida de dois atletas, em meio a condições climáticas adversas.
A temporada de inverno foi especialmente mortal no Paquistão, com um total de seis mortes desde o início do ano. No início de fevereiro, o búlgaro Atanas Skatov morreu em um acidente ao trocar de corda e o espanhol Sergi Mingote morreu em janeiro após sofrer uma queda fatal.
“Todos os meteorologistas, montanhistas e especialistas do exército paquistanês chegaram à conclusão de que um ser humano não pode viver tanto tempo nessas condições extremas. É por isso que anunciamos que eles estão mortos”, afirmou Raja Nasir Ali Khan, Ministro do Turismo da região de Gilgit-Baltistan (Norte), em entrevista coletiva.
Vários helicópteros do exército paquistanês usando radares modernos participaram da busca, mas os três alpinistas não foram localizados. As operações de busca por seus corpos vão continuar, disse o ministro.
Muhammad Ali Sadpara era um montanhista conhecido no Paquistão. Em 2016, ele conseguiu a primeira subida de inverno de outro “8.000 metros” do Paquistão, Nanga Parbat (8.126 m). “Minha família perdeu um bom pai e o Paquistão um montanhista grande, corajoso e experiente”, disse Sajid Ali Sadpara, filho de Muhammad Ali Sadpara à Deutsche Welle.
Juan Pablo Mohr era um arquiteto e montanhista chileno, especialista em ascensão de montanhas de oito mil metros. Mohr era reconhecidamente como dos melhores montanhistas de alta montanha da América do Sul.
