Adam Ondra e Lucka Rakovec vencem campeonato europeu de escalada

Foi realizado no último final de semana em Edimburgo, Escócia, o Campeonato Europeu de escalada esportiva do IFSC (IFSC European Championships) de vias guiadas e velocidade. O evento foi realizado no Edinburgh International Climbing Arena (EICA), na cidade de Ratho (região metropolitana de Edimburgo), um dos mais conhecidos ginásios de escalada da Europa, o qual foi construído em uma pedreira abandonada, é uma das maiores paredes internas de escalada do mundo. Reaberta em 2007 após uma longa reforma de £ 25 milhões de libras (aproximadamente € 28 milhões), esta instalação é atualmente um dos ginásios de escalada mais completos da Europa.

O British Mountaineering Council (BMC) foi responsável por organizar o evento e a transmissão de streaming. A transmissão foi marcada por implementações criativas, como a barra de progresso no lado direito da tela, na qual foi possível acompanhar a pontuação do atleta em tempo real enquanto ele subia. Além disso, os gráficos de indicações já utilizados pelas transmissões do IFSC foi mantido. Com a aproximação da data de estreia da escalada nas Olimpíadas, mais e mais recursos inovadores estarão fazendo parte das transmissões.

 

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Com uma participação menor do que o habitual em uma Copa do Mundo, devido à temporada estar em seu trecho final, a presença de estrelas como Janja Garnbret ou Alex Megos (lesionado desde o disputado campeonato do mundo), deixou o evento mais “apagado”. Por outro lado, essas ausências permitiram que outros atletas brilhassem.

Os route setters (profissionais responsáveis por elaborar as vias) criaram algumas vias difíceis, com muitos movimentos (que chegarem até 52 movimentos para os homens), com um estilo certamente da velha escola, sem muitos passos de volume e predominância de regletes e movimentos muito técnicos. Além da dificuldade das vias, um outro fator influenciou no resultado: o clima. Com tempo frio e úmido alguns escaladores cometeram muitos erros no trabalho de pés, os quais causaram eliminações prematuras. Mas os atletas favoritos não falharam e foram às finais sem problemas.

Eslovênia mantém domínio com Lucka Rakovec

 

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Entre as mulheres, Anak Verhoeven e Mina Markovic se destacaram acima entre das na semifinal. Além disso, vale destacar que a Eslovênia colocou três atletas na final, o que mostra que há muitas atletas de alto nível em sua seleção além de Janja Garnbret. Com uma sequência interminável de volumes no último trecho da via, acabou por arruinar as aspirações de escaladoras como Mia Krampl.

Pelo rendimento mostrado nas eliminatórias e nas semifinais, a grande favorita a chegar ao topo era a atleta belga Anak Verhoeven. Mas como a parte psicológica desempenha um papel importante na escalada, Verhoeven não conseguiu repetir seu desempenho e acabou ficando fora até mesmo do pódio.

A eslovena Lucka Rakovec alcançou o ponto mais alto, apenas uma agarra do topo, enquanto Laura Rogora caiu no movimento anterior. A terceira colocada, surpreendendo a todos, foi a francesa Luce Douady.

Adam Ondra perfeito

 

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Se no feminino os resultados foram inesperados, no masculino a história não foi bem assim. Quatro escaladores chegaram à final como favoritos: Adam Ondra, Jakob Schubert, Sascha Lehmann e Alberto Ginés.

Depois de uma configuração de vias sem muita emoção nas etapas classificatórias, a final apresentou um desafio à técnica de cada um dos atletas. Havia na linha da via um movimento dinâmico que exigia precisão e concentração dos atletas. Após este “showzinho de saltos”, os atletas foram testados por uma seção de agarras abauladas e um grande volume com pinças. Somente Ondra e Ginés chegaram nele.

O pódio ficou configurado com o tcheco Adam Ondra em primeiro, o espanhol Alberto Ginés em segundo e o suíço Sascha Lehmann em terceiro.

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