Academias de escalada começam reabertura nos EUA e Europa

Conforme relatado ao MontanhaCast (você pode escutar no player acima), as academias da região sul do Brasil, nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estão reabrindo para o público. Os estabelecimentos foram fechados para obedecer às diretrizes de combate à pandemia da COVID-19.

No Brasil, entretanto, há ainda locais, como o estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apenas com serviços essenciais fechados. Além disso, os índices de infectados e mortos pela doença aumentando a cada dia. Do ponto de vista da ciência, o Brasil ainda sequer chegou ao pico de contágios e mortes.

Junto com o endurecimento das regras de combate à pandemia, os recorrentes casos de pessoas que desrespeitam a quarentena colaboram para uma reabertura mais tardia. A cada novo caso de pessoas que simplesmente ignoram as determinações das autoridades, são mais dias que todas as outras pessoas deverão esperar para também praticar qualquer atividade.

Academias reabrindo nos EUA e Europa

Na Europa e nos EUA algumas salas de escalada reabrem suas portas, para que os alpinistas possam “se livrar da corrida dos touros” com o colapso, teto e placas e, de passagem, socializar um pouco, coisas tão saudáveis ​​na vida normal e tão questionadas nesses momentos de pandemia.

A reabertura de salas de escalada na Suíça estava marcada para ontem, 11 de maio, onde a curva de contágio já entrou no estágio descendente. A ideia é retornar “ao novo normal”, uma expressão cada vez mais recorrente e utilizada pelas autoridades de saúde.

Na França, além das academias, a escalada é limitada a grupos de 10 pessoas e a menos de 100 km da casa. O Ministério do Esporte da França publicou os regulamentos esporte por esporte (a página 51 é para montanhismo e escalada) proibindo vias de várias enfiadas e boulders que exigem aglomerações.

Nos EUA cada academia adotou um protocolo diferente. O site climbingbusinessjournal.com divulgou um apanhado geral destas diretrizes.

A transição no Brasil ainda não foi estabelecida e sequer discutida por autoridades e em algum momento será necessário abordar. Com muitos critérios, é um estágio delicado, em que a curva de contágio mais uma vez pode ter um ponto de virada.

Outra medida que as academias adotaram é escalar com máscara, mesmo que clientes reclamem do desconforto. Na escalada em rocha sua eficácia e utilidade provavelmente serão maiores para evitar o contágio.

Além dessas regras, a capacidade das academias deve ser informada às autoridades e a taxa de 1 pessoa por 10 metros quadrados não pode ser excedida. A temperatura dos clientes deve ser medida antes de entrarem na academia, além de limpar os sapatos em uma solução de água clorada ou outro desinfetante adequado.

Não se deve reunir grupos de mais de 5 pessoas. Os chuveiros não estão liberados, além de ser proibido deixar roupas usadas no treino na academia.

O uso de magnésio líquido

As academias da Europa e EUA que abriram suas portas adotaram uma série de medidas focadas em evitar o contato e o contágio dos participantes. Conforme publicado na Revista Blog de Escalada na semana passada, o uso de magnésio líquido é uma das pedras fundamentais da estratégia.

O magnésio líquido possui altas doses de álcool para sua fabricação, o que, ao menos em teoria, substitui o álcool em gel. Nestas academias está obrigado a usá-lo individualmente, diferentemente do magnésio em pó, que muitas vezes é compartilhando indiscriminadamente.

Um estudo publicado pela revista digital Gymclimber, entende-se que o MG líquido não é uma solução definitiva. Embora o álcool ajude a matar o coronavírus nas mãos (com concentrações de álcool acima de 70%), o principal efeito positivo do produto é que não há tanto magnésio na suspensão, que permitiria que o COVID-19 pode ser mais facilmente espalhado por a sala.

Também indica que o ideal é que a solução também tenha uma certa porcentagem de água próxima a 30%, o que aumentaria o efeito do álcool combatendo o vírus com mais facilidade, isso em detrimento de manter as mãos secas durante a passagem do produto.

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