A consciência e o perigo no montanhismo e escalada

A consciência não é nada mais que a informação e estímulos recebidos do mundo exterior por meio de nossos diferentes sentidos e percebida em nosso interior para sentir e criar uma realidade. Realidade esta que seguramente irá se transformar quanto mais consciência e conhecimento adquirimos das coisas.

Por exemplo, um montanhista ou escalador novato, pode ver perigo em uma determinada trilha de trekking ou em uma via de escalada. Já um praticante mais experiente não irá sentir o mesmo perigo.

Uma pessoa pode até mesmo sofrer um acidente provocado unicamente pelo medo, do que propriamente de um perigo real. Por outro lado, o excesso de confiança, diante de um perigo real, pode fazer com que um acidente aconteça. Este tipo de comportamento é visto todos os dias.

Um outro exemplo, mais simples ainda, pode ser visto em todos os lugares de escalada esportiva. Escalar sem capacete é visto como uma atitude “rebelde” e que, dentre as milhões de desculpas, acredita-se que é incômodo e “inútil”.

Como aparentemente não há nenhum perigo porque está e uma via segura e que conhece como a palma da sua mão. Mas quem consegue prever um imprevisto? No momento que menos se espera algo pode acontecer e fazer com que um simples passeio possa tornar-se um pesadelo.

Portanto, para despertar a consciência de que a atividade de montanhismo e escalada, que tanto gostamos, seja cada vez mais seguras, devemos saber evitar o perigo a todo momento. Há de ter em mente claramente as diferentes normas e protocolos de segurança do montanhismo.

Para isso, é imprescindível saber os tipos de perigos que existem.

  • Perigos objetivos: Aqueles que podemos controlar com o material adequado e seu bom uso. Além disso com uma correta formação, antecipação de situações, etc.
  • Perigos subjetivos: Aqueles que são difíceis de controlar, pois estes dependem do meio (como queda de uma pedra), agarram que se quebram, árvores que caem, etc.

Diante disso, é importe lembrar que todo praticante, do mais novato até ao super-experiente, é imprescindível ter responsabilidade. Cada vez mais que o exporte outdoor, particularmente os de montanha, fique em evidência, cada vez mais tem de arcar com as consequências do próprio comportamento ou do comportamento de outras pessoas.

Se comportar de maneira sensata e responsável não é somente obrigação, mas também a qualidade de responder por seus atos individual e socialmente. A aprendizagem da responsabilidade se interioriza através da prática.

A responsabilidade frequentemente é vista como uma forma de confiança, pois uma pessoa responsável é também confiável diante da expectativa de que cumprirá com as obrigações assumidas. Este, entretanto, é um dos motivos que marcas, empresas, prefeituras e secretarias não confiam à comunidade de montanhistas.

Comportamentos juvenis de constante desrespeitamos com as leis propriedades e pessoas, simplesmente atrasam o desenvolvimento do esporte outdoor.

Mas o que ser consciente ou responsável tem a ver com montanhismo e escalada? Tudo!

Se você, caro leitor, é uma pessoa observadora, já deve ter percebido a tendência que a maioria das pessoas possui de transferir a culpa. Essa é uma ação tão comum em nossa sociedade, que a maioria de nós faz isso sem perceber.

Já faz pate de nossa cultura de que ninguém é culpado de nada, pois há sempre uma comparação com situações que “justificam” a irresponsabilidade. A verdade é que é muito difícil assumir a responsabilidade por tudo aquilo que acontece conosco, sejam esses acontecimentos positivos ou negativos.

Que existem uma parcela considerável de montanhistas irresponsáveis, escaladores desrespeitosos e vários praticantes de atividades outdoor mal educados, todo sabem. Mas não adianta esperar que uma outra pessoa dê um jeito nisso, como um “paizão” que resolva as coisas.

O primeiro passo para mudar o destino de qualquer coisa, é entender que as suas ações definem o que acontece na sua vida e no esporte que pratica. Esse controle pertence a você e, consequentemente, traz consigo responsabilidades.

Portanto, ser consciente é, antes de tudo, saber o seu papel na sociedade e assumir os próprios compromissos. Caso contrário, seremos um bando de indivíduos apenas dividindo o mesmo espaço e, infelizmente, enxergado desta maneira por todo o resto da sociedade.

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