Sugestões para que escalada de competição saia do buraco

O Blog de Escalada desde seus primeiros dias presencia e noticia os eternos problemas a respeito dos atletas de competição no Brasil.

Há muitos problemas envolvidos.

Destes todos passam por áreas que vão desde o preconceito até omissão de todas pessoas que se dizem  fazer parte do esporte.

Neste artigo tem como objetivo sugerir para  atletas e organizadores procedimentos simples que poderiam prevenir MUITA dor de cabeça.

Todas as sugestões serve de guia para atletas que estão treinando e fazendo sacrifícios para competir com qualidade em campeonatos.

Campeonatos brasileiros ou realizados no exterior.

O que está descrito abaixo é uma sugestão, dentre as muitas que existem em cada praticante de escalada do Brasil.

Pode parecer simplista as sugestões porém se há algo que não há como fugir é a matemática.

Para que fique claro: 2 + 2 = 4 é igual para todas as contas.

Acredito que “mascarar”  erros cometidos por não saber “fazer contas” ,ou tapar o sol com a peneira , em nada tem a ver com aritmética.

 1 – Democratizar as lideranças

Toda a organização de campeonatos deve ser “capitaneada” por alguém escolhido por aqueles que participam destas competições.

Escolhidos de forma direta e democrática e essencialmente por voto direto de CADA ATLETA ENVOLVIDO

Ninguém é mais indicado para representar os interesses dos atletas do que alguém escolhido por eles mesmos.

Pesando para os atletas que a escolha deve ser por competência técnica, e não por afinidade.

Em outras palavras deve ser escolhida uma pessoa que tem o desejo, e competência, de trabalhar duro.

O motivo de ser alguém escolhido por quem é mais interessado é para os atletas se preocupar exclusivamente com treinos e não em contornar situações que se repetem todos os anos.

A organização de campeonatos NÃO DEVE pertencer à existente federação deve portanto ser independente e não vinculado.

 2 – Estabelecer como deve ocorrer a arrecadação

Todos os atletas DEVEM estar colaborando em uma mensalidade para a organização.

Quem quer que seja  ou o cargo que ocupe.

Aquele atleta que estiver atrasado com suas obrigações financeiras não participa dos campeonatos e ponto final.

Não deve haver espaço para “convidados” ou entusiastas.

Aquele que quiser participar DEVE colaborar com a entidade mensalmente.

Além disso todo e qualquer atleta que se entusiasme a participar DEVE estar vinculado a uma academia ou muro de escalada PREVIAMENTE cadastrado.

Não deve haver atletas “free-lancer” (escaladores sem pertencer a muro ou academia).

Assim como os atletas academias DEVEM também colaborar com a organização com o mesmo valor pago por todos.

Academia que tem atletas deve fazer parte da sociedade e não se omitir de ser representada.

Atleta de academia que não estiver colaborando igualmente não participaria da etapa do campeonato.

O nome deste tipo de acordo chama-se borderô.

Muitas modalidades esportivas do mundo conseguem sobreviver neste sistema, incluindo aí as “atléticas” de faculdades.

Onde todos ganham quando todos ganham e todos perdem quando todos perdem.

 3 – Ter a matemática como guia

A matemática para que a mensalidade do IFSC seja pago é simples e não requer fórmulas complicadas.

Não é portanto necessário fazer gráficos incrementados nem “derivar ou integrar” nada.

As mesmas contas abaixo deveriam ter sido feitas por quem está inadimplente.

  • Fixando o principal: O objetivo é conseguir pagar a taxa anual de 2000 euros que é cobrada a quem quer participar.

Reconheço que para uma pessoa COMUM, e sozinha no mundo este valor é excessiva.

Porém este valor pode ser arrecadado ao longo de um ano, e por mais de uma pessoa.

Quem deseja participar, competir e ceder atletas para divulgar o nome da academia, este valor não é tão elevado assim, inclusive é facilmente administrado

Como espaço amostral vamos tomar as duas etapas de campeonatos de boulder realizados em um ano.

Vamos supor  que cerca de 15 atletas (contando que cada academia também colaborasse) fossem os participantes.

Há  muito mais que isso mas para provar que o valor monetário não é excessivo o valor 15 foi arbitrariamente escolhido.

Lembrando que:  há  MUITO mais do que isso participando.

Valor a pagar = 2000 Euros x R$2,90 = R$ 5800

Lembrando a todos que um ano possui 12 meses, portanto =R$5200/12 =  R$ 483,33

Considerando que APENAS pessoas + academias , em um total de 15 colaborassem = R$ 433,33 / 15 = R$ 32,30

Para quem não entendeu este número, uma explicação simples:

Se 15 atletas e suas academias destes colaborassem com R$ 35,00 mensais no decorrer de um ano seria possível pagar a anuidade do IFSC.

O valor somaria um total de R$ 5.760,00

Um valor que pagaria anuidade do IFSC com SOBRAS.

Um valor, portanto,  MUITO mais próximo da realidade de qualquer atleta.

 Conclusão

Com uma simples conta, contando com 15 interessados em colaborar é possível reverter o quadro de TODOS os anos se repete:  rolar dívidas que deveriam ser pagas.

Ficar com vergonha de cobrar algum inadimplente também é tarefa ingrata, mas deve ser feita.

As competições de escalada estão sofrendo com a omissão de atletas, academias e com quem está representando os atletas junto às entidades internacionais.

Chegou o momento de fazer as contas.

Além disso é necessário afastar quem não está representando corretamente quem compete.

O primeiro passo é parar de reclamar que “a vida é dura” e deixar o “complexo de vira-latas” de lado.

Aqueles que choram é que deixam de fazer história.

There are 4 comments

  1. Jose

    A matematica e’ simples mesmo e o valor e’ muito baixo! Espero que um modelo como este consiga ser implementado. $15 por mes pra cada atleta e pra cada academia e’ bem pouco!

    Sem contar que a confederecao, a principio, poderia tentar uma grana com o Ministerio dos Esportes. A principio nao seria nada errado ter o governo bancando uma parte disso.

    ——
    Matematica `a parte, o portugues do blog continua bem ruim :-)

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