Os Sherpas são uma etnia da região montanhosa do Nepal, que em linguagem tibetana significa “povo do leste” (shyarpa = shyar (leste) + pa (povo)).
Os Sherpas são oriundos do Tibet Independente há mais de 500 anos, se refugiaram na cordilheira do Himalaia para viver da agricultura (cereais e tubérculos) e criação de Iaques (um tipo de bovino que habita o Himalaia).
A etnia Sherpa fala seu próprio idioma, que se assemelha a um dialeto do tibetano. A língua tibetana inclui numerosos dialetos regionais, que, em geral, são inteligíveis entre si.
Onde vivem os Sherpas
A cordilheira do Himalaia possui comprimento de 2.600 km aproximadamente, no sentido leste-oeste, e percorre países como o Butão, China, Nepal e Índia, e seu nome provém da união de duas palavras Hima (neve) e Alaya (lugar), sendo a cadeia montanhosa mais alta do planeta Terra, contendo 10 das 14 montanhas com mais de 8.000 metros acima do nível do mar .
As extremidades do Himalaia são marcadas pelo Monte Kanchenjunga, que está na ponta leste, e Monte Nanga Parbat na ponta oeste do Himalaia.
As montanhas com mais de 8.000 metros acima do nível do mar no Himalaia estão:
- Everest – 8.848 m
- Kanchenjunga – 8.586 m
- Lhotse – 8.501 m
- Makalu – 8.462 m
- Cho Oyu – 8.201 m
- Dhaulagiri – 8.167 m
- Manaslu – 8.163 m
- Nanga Parbat – 8.126 m
- Annapurna – 8.091 m
- Shisha Pangma – 8.027 m
A maioria dos Sherpas, estimado em um total de 150.000 pessoas, vivem na região oriental do Nepal, mais precisamente nas regiões de Khumbu, Niagara, Parak, Solu e Vale de Rolwaling.
O Vale de Rolwaling, que fica ao norte de Katmandu (capital do Nepal) é onde muitas pessoas acreditam que vive o Yeti (o abominável homens das neves).
A população de etnia Sherpa mais antiga do Nepal se encontra em Pangboche (cidade do estado de Solukhumbu) e foi estabelecida lá a mais de 300 anos.
Entretanto os Sherpas também podem ser encontrados na China e, em maior número, na Índia com população estimada de 20.000 pessoas.
A relação Sherpas e Montanhismo
Os primeiros carregadores foram contratados por europeus que descobriram que os Sherpas possuíam grande resistência aos desafios de de frio e falta de oxigênio.
O cientista britânico Alexander Mitchell Kella, um dos pioneiros das explorações do Himalaia, foi o primeiro a reconhecer os talentos naturais dos nativos do Himalaia e, à época, decidiu trocar seus carregadores suíços por Sherpas já que, segundo Kella, eram “realmente fortes, de uma índole amigável e por serem budistas não há nenhum problema em comer qualquer tipo de comida”.
Um outro fator que influenciou Alexander Mitchell Kella na sua conclusão, foi a de que os Sherpas já viviam em uma altitude igual ao maior pico da Europa.
A partir disso, o uso de Sherpas permitiu que os alpinistas subissem mais rápido com seus equipamentos além de poder focar mais fortemente na logística de subida e descida da montanha.
Isso porque vários equipamentos que necessitariam várias viagens eram transportados com rapidez, diminuindo o número de dias da ascensão. Estes carregadores sobem com todo o material necessário para realizar a ascensão, e ajudam em tarefas básicas do acampamento sem necessitar grande tempo de aclimatação.
Nas costas dos Sherpas são carregadas as barracas, comida, gás, roupas para diferentes temperaturas, tanques de oxigênio e, em alguns casos, até mesmo alguns escaladores. Além disso, também eles são responsáveis também por montar as barracas, e desmontá-las após as acensões serem realizadas.
Por ser uma população extremamente pobre, os Sherpas vislumbraram na atividade de carregadores de equipamentos para os montanhistas uma rentável atividade econômica.
Por isso as atividades como cultivar terra para a agricultura, criar galinhas e Iaques já não são a principal fonte de renda das famílias dos Sherpas. Ao menos um membro de cada família desta etnia no Nepal se dedica a realizar o carregamento a alpinistas e empresas de turismo, e até mesmo dirigir uma visita guiada às montanhas da região.
Muito se discute a respeito da exploração, ou não, desta etnia e, por isso, muito já se debateu sobre o tema. O que de concreto se sabe hoje é que o trabalho pesado realizado por Sherpas, há uma remuneração incompatível com a insalubridade a qual eles estão expostos, mesmo com os esforços dos sindicatos organizados por eles.
Diante desta polêmica, há ainda argumentos de que caso o valor cobrado por eles seja maior, a atividade de montanha (especialmente o turismo ao Monte Everest) ficaria a um preço muito superior ao que já se pratica.
Segundo o governo do Nepal, há controle no emprego de idosos e crianças nas atividades de montanha, apesar de muitas ONG´s humanitárias contestar este tipo de argumento.
Há ainda no Nepal, especialmente após a avalanche do ano passado, indícios de que instituições de doações para a reconstrução do país foram criadas para lavagem de dinheiro e enriquecimento dos organizadores.
Sherpa ou sherpa?
Hoje o termo sherpa foi incorporado na cultura de montanha para designar qualquer guia ou carregador de expedições do Himalaia. No entanto os Sherpas insistem em fazer forte distinção entre a etnia e os carregadores normais.
Portanto há de se estabelecer a seguinte distinção:
- O termo “sherpa“, com letra minúscula: se refere a um carregador comum e guia de expedições de montanha.
- O termo “Sherpa“, com letra maiúscula: se refere ao grupo étnico.
Argentina de nascimento e brasileira de coração, é apaixonada pela Patagônia e Serra da Mantiqueira.
Entusiasta de escalada, trekking e camping.
Tem como formação e profissão designer de produto e desenvolve produtos para esportes de natureza.
[…] Seus guias sherpas estão no acampamento IV agora. Morrison estava esquiando do acampamento III enquanto arquivava este relatório, disseram testemunhas oculares. As operações de resgate são prejudicadas pelo mau tempo, disseram fontes. A dupla fez parte da expedição de esqui gerenciada pela Shangri-La Nepal Treks. […]
[…] canais a cabo que dizem se dedicar a esportes outdoor. Este ano de 2022 o mundo assiste calado ao movimento dos sherpas do Nepal moverem o citado modelo de negócios do Monte Everest para a segunda montanha mais alta do […]
[…] Peaks: Nothing is Impossible mostrará o montanhista nepalês Nirmal Purja liderando sua equipe de sherpas com o objetivo de escalar todos as 14 montanhas com amis de 8.000 metros de altura em apenas sete […]
[…] total de 457 montanhistas, incluindo guias e sherpas, subiram o Monte Everest (8.849 m) do lado nepalês, durante a temporada de montanhismo da […]
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[…] sobre o início da vida de Tenzing Norgay. Na sua autobiografia é relatado que Norgay era um sherpa nascido e criado em Tengboche, Khumbu, no nordeste do […]
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[…] aposentados, interessados em alcançar fama com mínimo esforço, são carregados por sherpas ao topo das montanhas. Estes mesmos alpinistas sociais são os que procuram cavar um lugar na mídia […]
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[…] se preparam para subir ao topo do Monte Everest. Cada cliente consumirá em média 5 garrafas, os sherpas um pouco […]
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[…] De Kathmandu, o montanhista deve pegar uma outra conexão, em um avião menor, para a cidade de Lukla. Desta pequena cidade o montanhista pode escolher em fazer uma caminhada ou pegar um helicóptero até o acampamento base do Monte Everest (que é a escolha dos que são carregados pelos Sherpas). […]
[…] polonesa Magdalena Gorzkowska disse em uma entrevista à mídia de deu país que “os sherpas cortaram as cordas para evitar que outros escaladores os seguissem”. A montanhista, que teve […]
[…] segunda coisa é dar os parabéns à equipe Sherpa, porque com o tempo que puderam trabalhar por conta própria, conseguiram ascender ao K2 pela […]
[…] nome Xerpa tem como inspiração os sherpas, povos que vivem entre o Nepal e o Tibete, cujas profissões de alto risco envolvem a guia e […]
[…] com grande destaque no seu setor de atuação, a Xerpa nasceu a partir do desejo em atuar como os sherpas himalaios que auxiliam os alpinistas a escalarem as suas montanhas mais […]
[…] o costume de dizer que a Xerpa nasceu com uma inspiração profunda no trabalho dos sherpas — guias que orientam os alpinistas em suas vertiginosas escaladas através das montanhas […]
[…] do interesse em guiar os nossos clientes rumo ao topo dos seus objetivos, assim como os sherpas himalaios auxiliam os alpinistas a escalarem as suas montanhas mais exigentes e […]
[…] Sherpas são os povos residentes entre o Nepal e o Tibete, e que desempenham um papel elementar no auxílio de orientação de intrépidos aventureiros que planejam escalar as suas montanhas mais íngremes e desafiadoras. […]
[…] um bom momento de limpar o Monte Everest seja agora. É assim que os sherpas da região enxergam a oportunidade que a crise de COVID-19 criou. A situação atual causou a convergência de […]
E o K2? Não aparece na lista das montanhas mais altas?
Existem 10 montanhas acima de 8,000M na cordilheira do Himalaia. O Himalaia se extende leste-oeste desde a fronteira do Nepal/China/India até o Paquistão. Sendo que o Mt. Kanchenjunga está na ponta leste e o Mt. Nanga Parbat na ponta oeste do Himalaia.
Oi Cleo
O texto ja foi arrumado de acordo co as suas informações. Obrigador por acrescentar mais ao conteúdo.
Abs