Machu Picchu, que em idioma Quechua significa “velha montanha”, e também chamada “cidade perdida dos Incas”, é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada a 2.400 metros de altitude no Peru.
O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, sendo que apenas 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído.
Machu Picchu é talvez o destino mais popular entre os mochileiros do mundo inteiro, sobretudos para trekkeiros, e todos os anos recebe uma quantidade enorme de visitantes.
Maioria dos trekkings organizados a Machu Picchu são organizados com carregadores, guias e comidas incluídas nas excursões.
Para quem procura opções dentre uma variedade de “trilhas desconhecidas” ou “caminhos esquecidos”, existem 6 rotas já consagradas e que servem de referência tanto para o mochileiro mais hipster até mesmo à pessoa que comumente escolhe os pacotes de viagens mais clichês.
Caminho Inca ou Trilha Inca (Camino del Inca)
O Caminho Inca (também conhecido como Trilha Inca) é o trekking mais conhecido para chegar às ruínas de Machu Pichu.
O percurso passa por uma pequena parte da gigantesca rede de trilhas que foram construídas pela civilização antiga Inca durante o seu império.
Estima-se, de acordo com estudos científicos, que as estradas Incas tinham extensão de 30.000 quilômetros, e passava pelos Andes desde o Equador até o Chile.
A opção da Trilha Inca é a mais popular para quem viaja para Machu Picchu, e tem duração de 1 a 4 noites, dependendo do preparo físico do trekkeiro.
Seu itinerário termina em Machu Picchu, independente de caminhos alternativos que o guia escolher.
Para preservar a natureza, além da arqueologia, existe um limite diário de 500 pessoas organizadas em grupos (máximo de 16 pessoas por grupo) por dia para iniciar a Trilha Inca.
Para realizar a trilha é necessário também retirar uma licença (conhecida como “permisso”), uma espécie de permissão oficial outorgada pelo governo do Peru, que custa aproximadamente US$ 150,00 que inclui a entrada na cidade.
Recentemente o Governo do Peru decidiu que no mês de fevereiro a Trilha Inca permanece fechada para manutenção.
A Trilha Inca é considerada a mais clássica, e possui paisagens belas e uma combinação única entre cultura e paisagens.
Trekking Salkatay
Considerado a melhor alternativa à Trilha Inca, possui como atrativo um maior contato com a natureza.
Por ela é possível passar por diversos cumes de montanhas, além de poder observar ecossistemas diferentes no caminho.
Pelo Trekking Salkatay é possível observar tanto florestas densas, mas também um glaciar em plena Cordilheira dos Andes.
Sem nenhum exagero a trilha é um convite à adição de aventura por cenários únicos e que exigem conhecimento básico de montanhismo de quem procurar realizar.
O Trekking Salkatay vem sendo bastante procurada por quem não deseja ficar esperando para entrar na cota de entrada a Machu Picchu, pois não é necessário permisso, e não há grupos limitados para percorrê-lo.
Apenas é necessário pagar a entrada para entrar nas ruínas de Machu Pichu.
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Trekking Lares
O Trekking Lares é pouco conhecido entre a grande maioria dos turista e mochileiros, e é uma interessante cominação entre natureza e visita a dois vilarejos indígenas.
Um detalhe: estes vilarejos indígenas somente são acessíveis à pé.
O fato de que a rota é pouco utilizada por visitantes, há a oportunidade de ficar bem próximo de nativos e até mesmo de interação com eles.
O trekking tem duração de 3 dias (e três noites) e possui uma possibilidade de recuperar fisicamente, pois passa uma das noites atravessa um hotel rural.
O Trekking Lares é a melhor opção para quem gosta de trilhas pouco transitadas e também desejam conhecer a realidade dos povos andinos, apesar de que não possui, em termos visuais, grandes paisagens.
Na cidade de Cuzco é possível encontrar agências que organizam excursões pela trilha
Trekking Huchuy Qosqo
O Trekking Huchuy Qosqo é conhecido como o mais roots de de Machu Pichu, sendo a alternativa perfeita para aqueles que gostam de renunciar à toda e qualquer comodidade de um hotel ou pousada.
A trilha tem duração de dois dias.
O primeiro dia da rota é, basicamente, uma caminhada de umas 6 horas por diversos pontos de destaque do Valle Sagrado: Ollantaytambo, Lamay, Qenqo e Siwa, entre muitos outros.
Sem sombra de dúvida é a melhor maneira maneira de aproveitar os atrativos do Valle Sagrado de maneira bem próxima.
Após a excursão aos pontos, os integrantes tão levados até o trem que leva a Águas Calientes, que é a cidade mais próxima das ruínas de Machu Picchu.
No segundo dia são visitadas as ruínas de Machu Picchu e há o retorno a Cusco.
O Trekking Huchuy Qosqo é a melhor opção para quem não tem muito tempo para trekking, mas deseja conhecer o Valle Sagrado.
Trekking Choquequirao
O Trekking Choquequirao é perfeito para quem é praticante de montanhismo, e se considera no nível médio a avançado, e possui muitos dias para se dedicar a visitar Machu Picchu.
O trekking possui caminhadas por todo o dia por trilhas com magníficas paisagens, e chega a 4.670 m de altitude.
Pela trilha é possível admirar as duas ruínas mais importantes da região, dentre elas a cidadela de Choquequirao.
Conhecida como a “irmã sagrada de Machu Pichu” possui semelhanças arquitetônicas impressionantes e são um exemplo perfeito da técnica construtiva dos Incas.
Para o Trekking Choquequirao é necessário pelo menos 8 dias (sendo 7 noites) para finalizar todo o caminho, que exige preparo físico, mas que é recompensado pela paisagem e lugares visitados.
Trekking da Floresta (Jungle Trekk)
Sem sombra de dúvida o Trekking da Floresta, também conhecido popularmente como Jungle Trekk, é a maneira mais aventureira para chegar às ruínas de Machu Picchu.
Pelo Jungle Trekk há uma mistura de passeios de bicicleta, rafting e tirolesa, e todo o percurso pode ser realizado em 3 ou 4 dias.
De bicicleta pode-se fazer a descida de aproximadamente 3.100 m de desnível.
O Rafting é feito no Rio Bravo, e é graduado em III e IV.
No restando do percurso é realizado com caminhadas que duram de 6 a 8 horas, e passam por dentro de florestas e águas termais, e acabam em uma tirolesa de mais de 150 metros de altura.
Semelhante a outros trekkings existentes, finaliza com uma visita guiada à cidade de Machu Picchu.
Elisabet de Marco é Design Researcher, apaixonada por viajar e fazer trilhas a pé e de Mountain Bike, já fez mochilão pela Patagônia Argentina, Peru, Bolívia, Brasil e Uruguai.