Quer abrir Sete Lagoas e Lapinha?

Todo escalador de escalada esportiva deve se perguntar, “quando abrirão a Lapinha e Sete Lagoas para escalada?”

Antes de ter uma solução , vamos recordar o “por que?” destes lugares estarem fechados.

Antes de alguém leia o texto pela metade, e ache que eu quero “causar polêmica”, já aviso desde já: A culpa não é de ninguém . Sim, isso mesmo, você leu certo.

É fácil apontar o culpado por estes lugares estarem fechados. Precisamos sempre culpar alguém.

Porém a culpa não é de nenhum escalador, ou de alguém de comportamento “farofeiro” de alguns, do lixo encontrado, de gritaria que “maltrata os animais”, de nada.

A “culpa” de tudo isso é a filosofia “preservacionista” adotada pelos órgãos públicos na administração dos parques.

Embora se tenha como referência algumas pessoas físicas, os lugares citados não possuem donos. É uma área pública, e não particular. Ao pé da letra “os donos” é toda a sociedade. Escaladora ou não.

Mas que filosofia é esta que estou citando?

A filosofia adotada pelos parques é a “Preservacionista”, e não a “Conservacinista”.

Qual a diferença?

A diferênça básica é que na “Preservacionista” se tem a visão de que o local tenha de estar isolado de todo e qualquer contato ou presença humana. Nesta visão toda e qualquer visita, escalada, trilha ou excursão é danosa ao meio, e deve ser evitada a ferro e fogo.

Em termos práticos é como transformar um parque em um Museu, onde somente visita com monitores e contempla a natureza como um quadro. Todo aquele que não obedecer a regra é punido e considerado criminoso.

Colocando assim no mesmo plano traficante de animais, grileiros, garimpeiros e por fim escaladores e montanhistas.

A “Conservacinista” a ordem é conservar. É conscientizar TODOS, para que se comportem (e se policiem) para que o lugar não seja descaracterizado.

E quando vamos mudar isso?

Com atitude.

A maneira é “fácil” e “simples”. Quando todos os escaladores deixarem de lado um dia da semana mesmo (para não perder uma escalada) e forem na frente do palácio do governo de Minas Gerais (no caso de Lapinha e Sete Lagoas), ou onde quer que seja, revindicar mais respeito e mais visão por parte do governo com relação ao nosso esporte.

O ideal é que seja não somente uma vez , e sim várias vezes durante o ano, uma movimentação pacífica, claro. Mas presente.

Duvido de que não haverá divulgação por parte da imprensa sobre isso. Acontecimentos muito menores aparecem, imagine um estado que tem muitos escaladores presentes.

Estar presente, claro, não é “bater no peito” cantando os feitos pessoais de escalada, ou se proclamando vigilantes da ética e valores da escalada (isso é um problema a se resolver, mas não agora), e sim mostrando que deseja que os locais para escalar não sejam, ou permanecam fechados.

Hoje foi divulgado em uma lista de discussão fotos de algumas manifestações que fizeram o Morro da Pedreira, localizado na Serra do Cipó, em Minas Gerais, ser conservado, e hoje ser o que é: A Meca da Escalada do País. Aquele que deve ser escalado uma vez na vida.

Um forte indício de que estamos sem força política (socialmente falando) foi a atitude tomada pelo Parque Nacional do Itatiaia.

Além de proibir escaladas no local (de forma disfarçada), ainda retirou os descontos a quem fizer parte de federação de escalada.

As atitudes tomadas pelos parques onde estão Gruta Pai do Mato, em Sete Lagoas-MG e Gruta da Lapinha – MG também são castradoras de toda a comunidade escaladora, não só mineira, mas também brasileira.

Tal atitude evidencia como somos vistos por todos: como um bando de pessoas, não como uma comunidade.

Eu pessoalmente assumo o compromisso: no dia que se marcar uma manifestação, onde quer que seja, por mais que possa ter desconforto de minha parte (deslocar, dia de trabalho e etc), eu vou! Não vou ficar acomodado resmungando e vou lutar pelo meu direito de escalar.

Veja as fotos abaixo, e entenda porque a Serra do Cipó existe como é hoje:


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