O Kombuchá é de fato saudavel ao atleta? Tudo o que você quis saber e ninguém falou

Você já escutou falar de Kombuchá?

O Kombuchá é uma bebida probiótica (organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, beneficiam a saúde) e é obtida a partir da fermentação do chá (Camellia Sinensis) ou outras infusões ricas em cafeína. Em algumas culturas existe a crença do Kombuchá ser um remédio natural para vários males e que, pelo menos em teoria, promove saúde e força física.

Por ser um produto natural, portanto sem uso de conservantes, muitos praticantes de esportes outdoor estão apostando neste tipo de bebida para “turbinar” seu rendimento. Não é segredo para ninguém que grande parte dos montanhistas existentes no mundo buscam terapias holísticas para encontrar soluções alternativas para suas lesões e limitações. Por isso cada vez mais, ao menos aqui no Brasil, está sendo consumido o Kombuchá.

A bebida probiótica é também é conhecida como chá do cogumelo, Cha Gu, fungo do milagre ou mágico, chá do gout, vinho mongol ou indiano, entre outros nomes menos conhecidos. Muitas pessoas, em especial as que são adeptos da dieta vegana, a utiliza para regular o intestino e organismo.

Como é preparado o Kombuchá?

Como toda bebida probiótica, o Kombuchá necessita passar por um processo de fermentação. Para esta fermentação prepara-se um chá (normalmente preto ou verde adoçados) e, depois de pronto e devidamente resfriado, inocula-se um líquido acidificante proveniente de fermentações anteriores (podendo ser também vinagre), junto com uma zoogléia (conjunto de micróbios aglutinados por uma substância viscosa).

Sua base, portanto, é este fungo específico que na verdade trata-se de uma zoogleia, uma espécie de biofilme (comunidades biológicas com um elevado grau de organização) resultado de uma simbiose complexa entre espécimes de bactérias e leveduras. Esta colônia de aspecto gelatinoso remete à alga kombu, daí o nome Kombuchá.

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Tudo esta mistura é deixada em repouso para fermentação e, após alguns dias quando quase todo o açúcar ter sido consumido e der lugar às várias enzimas, vitaminas e ácidos, a bebida está pronta para ser consumida.

O Kombuchá estará, após este período, com um sabor ácido, mas levemente doce e pronto a ser consumido.

Benefícios atribuídos ao Kombuchá

Muitos dos benefícios atribuídos ao Kombuchá ainda carecem de estudo científico mais aprofundado a respeito de sua veracidade. O que, evidentemente, não quer dizer que não possa ser consumido (com moderação, claro).

Grande parte dos comerciantes anuncia o Kombuchá como um elixir capaz de otimizar várias funções do organismo. Abaixo estão os principais benefícios que, segundo quem produz e vende, realiza:

  • Sistema digestivo -Ataca os radicais livres capazes de provocar mal-estar digestivo no tratamento da candidíase (infecção vaginal causada por fungos).
  • Sensação de mais energia – Graças à formação de ferro, liberado durante o processo de fermentação, provê sensação de maior energia.
  • Perda de peso – A bebida estimula o metabolismo, se bebida regularmente, e limita o acúmulo de gordura.
  • Antioxidante – Pelos produtos químicos existentes na bebida auxilia na elasticidade da pele.
  • Desintoxicante – Elimina algumas toxinas e impurezas do organismo.

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O Kombuchá é perigoso?

É necessário ter muito cuidado com relação a qualquer medicamento que não tenha uma comprovação científica. Como na música de Jorge Benjor: “Prudência e canja de galinha não faz mal a ninguém”.

Isso porque a ausência de provas (de que Kombuchá faz mal) não prova a ausência (de malefícios). Porém uma coisa é certa: Apesar de não possuir toxidade, se for preparado sem higiene a bebida pode ser contaminada e provocar reações alérgicas.

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Existem alguns casos reportados, em revistas científicas e relatórios médicos, a ocorrência de falha renal e hepática por conta do uso intensivo de Kombuchá. Em compensação alguns médicos recomendam a bebida para uso terapêutico (mas não intenso e indiscriminado). Há ainda alguns casos reportados de que a acidez do sangue de alguns pacientes possuía valores de acidez muito superior aos níveis normais.

Com estudos ainda inconclusivos foi preventivamente banido de alguns países. A literatura disponível para condenar, ou absolver, a bebida ainda é escassa.

Utilizando o ponto de vista do “advogado do diabo“, um ponto a favor da bebida é que devido à sua popularidade, principalmente em países do hemisfério norte, e apenas alguns casos reportados de efeitos colaterais, pode ser considerada que qualquer tipo de conclusão é precipitada e inconclusiva.

Uma afirmação no melhor estilo “isentona”? Digamos que enquanto defensores e detratores da bebida não apelarem para a razão, deixando de lado a emoção, qualquer tipo de afirmação é incorreta e baseada apenas em circunstâncias não em fatos.

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Você já escutou falar da folha de Confrei? Assim como o Kombuchá, era utilizado desde a antiguidade e muito popular em tratamentos caseiros. Após vários estudos descobriu-se ser um excelente cicatrizante e atualmente é utilizado largamente e aceito pela comunidade científica. Esta aceitação foi possível após vários estudos o que, necessariamente, deva acontecer com o Kombuchá.

Como todo e qualquer produto ainda sem conhecimento científico o Kombuchá deve ser consumido com moderação. Fosse possível apontar quem não deveria beber, baseado nos relatos médicos existentes, seria prudente alertar que evite a a bebida:

  • Pessoas com problemas hepáticos e renais – Pelos casos reportados, e ausência de estudos científicos profundos, este grupo de pessoas devem evitar a bebida.
  • Crianças menores de 8 anos – Uma criança possui um organismo novo e pode não suportar a mesma concentração de suplementos e de gêneros alimentícios que um adulto.
  • Mulheres lactantes e gestantes
  • Alcoólatras e dependentes químicos em recuperação – O Kombuchá contém uma quantidade pequena de álcool (menos do que 1%).
  • Diabéticos – A bebida contém açúcar.

There are 2 comments

  1. Guilherme Silva Moreira

    Fermentados em geral são probióticos benéficos ao nosso organismo por regularizar a nossa flora intestinal. Não necessariamente precisamos consumir o Kombuchá, pois podemos fazer fermentados com frutas doces e tipicas do Brasil.

    Como a Escritora e pesquisadora Conceição Trucom * informa sobre os fermentados.

    “A melhor maneira de adicionar probióticos na sua alimentação diária é através dos alimentos fermentados. E, defendo muito a fermentação natural, espontânea, às vezes com uma sementinha boa como o kefir, rejuvelac ou missô. Desta forma é prático, fácil e barato.

    Um dos resultados mais importantes deste hábito saudavel, de se enriquecer com bactérias do BEM, é que você favorece o florescimento de sua própria MICROBIOTA intestinal.”

  2. Karen

    Boa tarde!
    Diabéticos podem consumir, pois o açúcar é consumido pelos probióticos e não está presente na bebida final :)
    Dizem também que contribui na recuperação de alcoólicos, aliviando o desejo da bebida, além dos outros benefícios que trazem bem estar!
    Obrigada pelas informações :D

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