Cabelos compridos: Quais as melhores soluções para escaladoras(es) e praticantes de trekking

Às vezes mais, outras menos, vaidosas, mas não resta dúvida: mulheres sempre se preocupam com o cabelo. A explicação é simples: os cabelos são considerados o “cartão de visita” de uma pessoa e geralmente é a primeira coisa a ser vista, quando olhamos para o rosto de alguém. O mesmo pode-se dizer de homens com cabelo comprido. O valor dos cabelos é indiscutível! Isso porque ele reflete diretamente na autoestima, humor e até mesmo na autoconfiança de uma pessoa.

Na escalada, um esporte que temos de ter a atenção todo o tempo com mínimos detalhes, às vezes o cabelo pode atrapalhar. Não que seja obrigatório, mas para prevenir-se de pequenos acidentes, como prendê-lo no mosquetão no momento do crux, ou mesmo em alguma agarra, é interessante para quem possui cabelo comprido. Já escutei muitas histórias de que, por algum dos motivos citados, a pessoa teve de cortar um pedaço do cabelo para livrar-se de uma situação embaraçosa ou dolorosa.

Rabo de Cavalo

Portanto, é melhor prendê-lo do que ter de abdicar de um pedaço dele durante uma escalada. Este artigo é exatamente sobre isso: sugerir às mulheres, e também aos homens, maneiras práticas de prender o cabelo.

Mas por que gastar tempo em sugerir maneiras de prender o cabelo? Simples: o cabelo pode conferir à pessoa diferentes personalidades, estilo e até idades. Por isso mesmo, quando somente por ter o cabeleireiro exagerado na tesoura é motivo de depressão, imagine quando no esporte que pratica ficar sem um pedaço dele?

Você que gosta de escalar de cabelo solto, um aviso: o cabelo hoje pode ser tudo, mas também pode ser só um detalhe em pessoas decididas e que sabem muito bem o que as deixam felizes. Portanto, o que há aqui são sugestões e conselhos. E, como todos sabem, se concelho fosse bom não seria de graça.

Rabo de cavalo

Também conhecido como “rabo de galo”, é um clássico das(os) esportistas de cabelo comprido. Funciona muito bem para quem tem cabelo não muito longo , mas também não muito curto. Um rabo de cavalo em um cabelo muito longo, irá ficar balançando demasiadamente, especialmente em quem tem ele na altura da cintura, e isso potencializará o risco de acidentes.

O mais indicado para um rabo de cavalo é utilizá-lo em vias negativas. Isso porque ele ficará sempre voltado para baixo, longe das agarras e mosquetões. O motivo do rabo de cavalo ser considerado um clássico é simples: é muito fácil de fazer e todas as meninas desde a infância já sabem fazê-lo em segundos.

Uma outra das grandes vantagens é de que disfarça bem quando o cabelo esta sujo. Portanto, caso você esteja em uma viagem de escalada, que a afastará vários dias da civilização, considere este tipo de procedimento. Para isso sempre carregue as famosas “liguinhas para cabelo” (também conhecido como elástico, ou ouro nome o qual você conheça) na mochila de escalada. Esteja segura que ele irá salvar você em várias situações. Nas viagens internacionais, procure saber (preferencialmente antes de sair de casa) como se diz “elástico de cabelo” no idioma do pais que irá visitar.

Mas para quem tem cabelo muito grande, ou mesmo muito liso, há uma adaptação muito usada por atletas: Rabo de cavalo “incrementado”. O estilo é uma simples solução, que foi prendê-lo na base, com outros elásticos fazendo o mesmo ao longo do comprimento.

Foto: Dino Panato | https://veja.abril.com.br/

Há uma opção ainda, já adiantando o próximo tópico, que é fazer uma trança em todo o rabo de cavalo.

A prática ajuda a “domar” o cabelo durante uma escalada mais exigente.

Tranças

Registros indicam que as tranças podem ter surgido por volta de 3.500 a.C, sendo praticada por todas as regiões do planeta Terra. Como o universo de cabelos é muito grande para abordar em um único artigo, opto por apenas sugerir a trança para as meninas.

Mas só para as meninas? Você que é homem pode usar e seguramente ela deixará seu cabelo bem preso. Mas apenas uma observação: você terá de enfrentar todos os seus amigos no bullying que sofrerá. Isso porque não é comum você ver homens de cabelos compridos usarem tranças.

Foto: https://beleza.umcomo.com.br/

As super-lutadoras de MMA colocaram na moda o “visual durona”, com um estilo que ficou conhecido como a “trança boxeadora” (aprenda a fazer aqui). Ela é a preferida de quem deseja minimizar ao máximo o volume de cabelo, mas ainda assim preservar um estilo próprio. Muitas acreditam que ele exala o espírito de guerreira. Na Europa, muitas escaladoras e praticantes de trekking usam este penteado para inspirarem-se na “batalha” de uma cadena, ou mesmo dar força interior em uma travessia desafiante.

A trança boxeadora é uma espécie de trança dupla, que desce pelas laterais da cabeça, ficando bem preso, quase não atrapalhando nos movimentos bruscos de cabeça. Este tipo de penteado também é o mais indicado para quem tem o cabelo muito liso e que reclama que está sempre igual, pois quando você soltar o cabelo ele ficará levemente ondulado (por pouco tempo). Mas independente do tipo de cabelo que possua (crespo, ondulado ou liso), é um estilo diferenciado e salta aos olhos assim que você chega aos lugares.

Há uma outra opção de trança que é preferida das “meninas guerreiras”: a Trança das Valquírias. A trança é uma espécie de variação simples da de boxeadora. Ela não sai da raiz do cabelo, ficando nas laterais apenas. Uma espécie de “maria chiquinha” com tranças.

Foto: Pamela Rocha | https://www.youtube.com/watch?v=2PKmIHdTdaQ

Uma outra trança indicada para quem planeja minimizar o movimento do cabelo é a “escama de peixe” (aprenda a fazer aqui). A trança escala de peixe, que também pode descer pela lateral do cabelo (esquerda ou direita), é das mais clássicas e também ajuda a domar o cabelo esvoaçante que atrapalha em uma escalada. Algumas escaladoras da Copa do Mundo de Escalada, assim como praticantes de trekking na nos Alpes, sempre utilizam este penteado.

Estilistas de cabelo apontam que a trança escama de peixe é considerada de um estilo mais delicado, muito parecido com as “sereias” de filmes infantis. Este tipo de penteado é usado mais em festas, mas pode perfeitamente ser usado em um ambiente outdoor. Ele é elegante, prático e funcional.

Foto: Lucas Scott | https://eatandclimb.com/

A trança embutida é a mais indicada para quem tem o cabelo ondulado ou crespo, e precisa domar as madeixas para alguma atividade física intensa. Neste estilo o cabelo fica bem preso, sem nenhuma possibilidade de enroscar em nada, caso a escaladora tenha o hábito de mover muito a cabeça.

Uma solução prática para quem tem um grande volume de cabelo é a trança espiral (aprenda a fazer aqui), mas a sua desvantagem é ser pouco trabalhosa e requer habilidade da pessoa.

Visualmente atraente, este tipo de trança requer ajuda de alguém. Portanto em ambientes afastados da civilização pode não ser a escolha mais apropriada. Lembre-se: às vezes alguns lugares de trekking e escalada requerem que você acampe no meio do nada. Por isso, estando muito afastada da civilização, algumas coisas como fazer uma trança, pode mais atrapalhar do que ajudar.

Por outro lado, no caso de uma uma escalada no estilo bate-volta, a trança espiral é uma excelente opção para esconder o cabelo desarrumado por uma noite de sono interrompida para um dia na rocha. Quem fica em albergues ou refúgios de montanha, lugares com mais conforto, fazer uma trança assim pode ser uma boa estratégia.

Para quem deseja minimizar de vez os cabelos, a melhor opção é a trança zig zag (aprenda a fazer aqui), este estilo exige habilidade da pessoa e, geralmente, não é muito escolhido para quem está no ambiente outdoor.

Mas, caso a pessoa queira, pode fazer com que a escaladora se destaque dentre as demais com um estilo mais diferentão e elegante.

Coque

Instagram @elizty | Eli Cruz Afro-European Model

Rivalizando com o rabo de cavalo, há o coque como dos penteados mais clássicos. No Brasil, um país com uma população com grande parte de mulheres com cabelos crespos, a opção do conhecido “coque abacaxi” para escalar é muito popular. Além de ser elegante, oferece um visual mais roots, afastando qualquer aparência de “mocinha de shopping center” para qualquer escaladora.

Como nome já diz, este tipo de coque deixa os cabelos bem concentrados no alto da cabeça e o penteado semelhante ao formato da coroa do abacaxi. Basta prender o cabelo com ajuda de um elástico de cabelo, em uma espécie de rabo de cavalo bem no alto da cabeça, e você está “pronta para a guerra”.

Desde o filme “Matrix Reload”, o visual de Naiobi ficou na moda: uma espécie de coque múltiplo. A partir daí, também com a ajuda de várias séries como “Orange is the New Black”, o coque duplo acabou caindo nas graças das mulheres.

Este estilo é bastante interessante para quem deseja passar um dia de escalada com um estilo particular. Para fazer o penteado, é só separar o cabelo no meio e fazer duas “maria chiquinha” mais altas. Este tipo de penteado, além de domar os cabelos e prevenir que prenda em algum lugar, também oferece uma certa personalidade a quem optar por usá-lo. Não é nenhum exagero dizer que ele chama a atenção, sem ser extravagante em demasiado.

O mais clássico dele, o coque bailarina, quando bem preso resiste até mesmo uma forte corrida ou um treino cárdio intenso. Este penteado é usado por muitas escaladoras no momento de entrar em uma via, quando estas sacam algum “pauzinho” ou mesmo uma piranha. Assim que a escalada é finalizada, ou mesmo uma caminhada tiver terminado, o coque pode ser desmontado e voltar ao visual de cabelos soltos.

Esta opção é muito interessante para trekkings quando o calor é intenso, pois protege o cabelo de ficar “lambendo” o suor das costas. Durante o preparo da comida, também é interessante pois evita que ele atrapalhe.

Para quem vai escalar em algum lugar afastado da civilização, como Piedra Parada ou Valle de Los Condores, é a opção mais inteligente. Por isso mesmo que grande parte das escaladoras que vão a estes locais já levam seus “pauzinhos” e piranhas para improvisar na hora “H” aquele coque providencial.

Instagram lasselom | https://www.instagram.com/lasselom/

Para os escaladores, o “coque samurai”, bem no topo da cabeça (ou mesmo na curvatura do crânio), pode ser uma solução rápida para quem deseja um visual mais moderno.

Obviamente que ganhará o apelido de hipster, mas se não está preocupado com a opinião de seus amigos, aposte neste visual que manterá seu cabelo limpo após um dia de escalada.

Foto: https://hairstyleonpoint.com/

Buff e similares

Foto: Nicholas Hernandez | http://www.timetoclimb.com/

Mas e para quem tem o cabelo curto, estilo Chanel, mas não quer prender um micro rabo de cavalo? A solução é utilizar um tubo de tecido, conhecido no exterior como Buff (marca que deteve a pretende deste produto por muitos anos). A técnica é usada por muitas escaladoras, sobretudo as que ficam vários dias na estrada, sem muito contato com luxos.

A solução também pode servir aos escaladores a opção é muito interessante, sobretudo para quem está no processo de deixar o cabelo crescer. O tubo de tecido irá prender o cabelo com perfeição, além de não deixar o suor cair na sua testa.

Para os mais atentos, devem ter reparado no estilo do personagem Aitor Cardone, da série “Club de Cuervos” do Netflix. Na série o ator Alosian Vivancos utilizava um Elástico Tiara que prendia seu cabelo de forma estilosa, não deixando cair no rosto. A opção pode ser usada pelas escaladoras e escaladores que desenham preservar um ar mais modernoso no momento de praticar as suas atividades.

Para quem quer usar um visual mais simples, sem necessariamente comprar algum produto, as bandanas fazem o papel do elástico tiara e do tubo de tecido. Com uma grande vantagem: também protege o cabelo da poeira e do vento em locais secos.

Foto: Eric Gessner | https://eatandclimb.com

Referências

Sim, acredito que um artigo destes pode ser aparentemente superficial, mas no caso da escalada e trekking, envolve até uma questão de segurança e higiene.

Mas mesmo assim aceitei a sugestão, de várias escaladoras e escaladores, que me enviaram mensagens sobre o assunto. Portanto agradeço a todas (e a todos) que pediram uma sugestão de um assunto tão vasto.

Para realizar este artigo tive uma ajuda grande das blogueiras (algumas já postei o link no texto), além de ter referências dos sites abaixo:

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