Sempre que um autor de livros procura escrever sobre alguma temática outdoor, mesmo que seja de exploração muitas vezes soa como uma história que há algo faltando.
O mesmo ocorre quando se coloca a responsabilidade de escrever sobre uma temática a qual não está habituado, algo muito comum, por exemplo, no jornalismo. O resultado são textos que são apanhados de Ctrl+c/Ctrl+v de referências abstratas em textos que possuem a mesma profundidade que discursos políticos em horário eleitoral gratuito.
Procurando não cair na armadilha de cair no óbvio o escritor americano Martin J. Dugard realizou extensa pesquisa para determinar, ao menos, quais são as qualidades fundamentais de um explorador.
Sentimentos como perseverança, disciplina, independência, tenacidade, bravura e paixão pelo que está realizando foram compilados por Dugard para escrever seu livro “The Explorers”.
A partir disso descreve suas conclusões a respeito dos exploradores John Hanning Speke e Francis Burdon quando resolveram ir em 1856 até África para desbravar o até então era desconhecido e cercado de lendas.
O desafio à época era chegar à nascente do Rio Nilo, considerado o berço da civilização Egípcia.
Interessantemente a dupla chegou a conclusões diferentes, apesar de terem realizado a viagem juntos, gerando grande debate público até decidir quem estava certo ou não.
Ao contrário do que possa parecer o livro “The Explorers” não é um livro de aventura somente, e sim de sobrevivência, e pela riqueza de detalhes contida no texto do autor, promete levar a reflexão e debate muito além do que concluíram, e sim do que é ou não ética e lógica.
Ficha Técnica
- Título: The Explorers: A Story of Fearless Outcasts, Blundering Geniuses, and Impossible Success
- Autor: Martin J. Dugard
- Edição: 1ª
- Ano: 2015
- Número de páginas: 304
- Editora: Simon & Schuster
Obs.: Não há previsão para disponibilização em tradução para língua portuguesa
Equipe da redação