Entrevista com Lia Castillo – A latino-americana mais jovem a encadenar um 10a

Como noticiado em primeira mão pela Revista Blog de Escalada, a jovem venezuelana Lia Castillo, de apenas 14 anos de idade, encadenou uma via com dificuldade 8a+ francês (10a brasileiro). A via via “Chicho el Bárbaro”, no estado de Lara (Venezuela). Posteriormente, a notícia de sua cadena foi destaque em diversos veículos de comunicação do mundo, principalmente em Canadá, México e EUA.

Lia Castillo, que escala há aproximadamente 8 anos, vive na cidade venezuelana de Sarare, no estado de Lara e tem como escaladoras ídolo Ashima Shiraishi e Janja Garnbret. Vivendo na Venezuela, um pais que enfrenta uma situação política delicada, Lia escala na rocha somente aos finais de semana, quando vai em um carro junto de amigos que também escalam.

 

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Para treinar, Castillo já foi convidada a treinar em outros lugares com infraestrutura para treinamentos de escalada melhorada. Mas todos são em outros estados venezuelanos como Mérida, que leva 6 horas de carro, e Guárico, que leva 3 a 4 horas de sua casa. Também convidada a treinar em Caracas, mas a capital fica a 5 horas de viagem.

Após muito esforço, a Revista Blog de Escalada conseguiu comunicar-se com a jovem escaladora para realizar uma entrevista. A entrevista, intermediada por sua mãe Livia Eliaz, pode ser realizada. Nele Lia Castillo falou um pouco de seus sonhos, como competir internacionalmente e poder participar das olimpíadas, como é a realidade do esporte em uma país com situação política delicada, além das principais áreas de escalada na Venezuela,

 

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Lia, como foi para você tornar-se a garota latino-americana mais jovem a encadenar uma via de 8a+ francês (10a brasileiro)?

É impressionante e de muita felicidade. Na verdade a Venezuela tem muitos talentos de escalada.

Como a escalada é vista sem seu país?

Não há organização com a escalda e penso que se todos colocarmos um pouco de trabalho, nós, os atletas, nos sentiríamos mais motivados a seguir trabalhando por nossos objetivos.

Existem muitos escaladores? Sim, na sua maioria mais na rocha do que em ginásios.

Foto: Cortesia Lia Castillo

Para quem não conhece a Venezuela, quais são sos melhores lugares para escalar aí?

Meus lugares favoritos são:

  • La Azulita: Estado Mérida en los Andes venezolanos
  • Los Morros de Torrellero: Estado Lara
  • El parque de recreación Cuevas del Indio: Estado Miranda
  • El Páramo La Culata: Estado Mérida

Como foi a sua preparação para encadenar “Chicho El Barbaro”?

Fazia os movimentos parecidos no ginásio, para que ficassem mais fáceis de conseguir as partes mais difíceis da via. Também usei uma folha onde desenhei toda a via e estudava todo dia.

Além disso, ia para a rocha com muita frequência para malhá-la.

 

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A Venezuela está em um momento delicado de sua história. Como esta situação afeta a escalada e os escaladores?

Particularmente meu desempenho como escaladora, o problema de transporte é o que mais me afetou. Isso porque o transporte público não funciona bem. Então decidi usar minha bicicleta para meus treinamentos e chegar ao ginásio, além disso me ajuda fisicamente.

Não contar com recursos suficientes para representar nosso país em nível internacional, às vezes nos desmotiva. Mas apesar disso, temos esperança de nos organizar como federação e assim tudo mudar.

 

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A escalada também é um esporte olímpico. Você possui planos de começar a competir?

Ir às olimpíadas é uma das minhas metas no futuro, Ainda não fui a nenhuma competição internacional, porque não existe federação de escalada em Venezuela, ainda que esteja acontecendo esforços para organizar-se uma.

Sei que logo terei experiências fora do país.

Foto: Cortesia Lia Castillo

Como seus pais enxergam a escalada na sua vida? Como é o apoio de sua família nos seus projetos de escalada?

Minha mãe gosta muito que pratique a escalada. Como eu gosto muito, eles me apoiam muito. Ela é quem me leva a todos os lugares.

penso que um atleta deve ter sempre o apoio dos pais. minha família me da muito ânimo para seguir.

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