Guia de montanha é acusado de homicídio por acidente com cliente

Um guia de escalada mexicano, pertencente a uma empresa de treinamento físico, é acusado de homicídio por um acidente que aconteceu com um praticante de trekking. Após a morte do trilheiro em El Centinela, local de práticas de trekking no estado mexicano de Baja California em 12 de março de 2017. O Tribunal de Justiça do Estado mexicano (TSJE) autorizou processo contra o guia Jorge Ricardo “N”, que faz parte de uma empresa local de trenamento e expedições guiadas e que foi o organizador do evento.

De acordo com os veículos mexicanos, Karen Violeta Ruíz Sánchez é o nome da mulher que, por motivos ainda não esclarecidos, foi abandonada na montanha pelos guias da empresa. Logo após ser abandonada, Sánchez se perdeu e veio a cair de um barranco. A informação sobre a causa da morte foi informada pela Policía Ministerial del Estado mexicana.

 

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O Cerro del Centinela é uma formação montanhosa considerada icônica com 818 metros de altitude e fica a 20 quilômetros da cidade de Mexicali, no estado mexicano de Baja California. No lugar é referência para as pessoas da região para expedições de trekking e celebrações relacionadas à cultura local.

De acordo com veículos de imprensa mexicanos, o guia Jorge Ricardo ‘N’ não cumpriu a Norma Oficial Mexicana de Guias Especializados em atividades específicas, além de não estar registrado à Secretaria de Turismo do estado mexicano para realizar este tipo de excursão. Entretanto, o serviço de guia de trekking em montanhas de baixa altitude não pode ser considerado turismo de alta montanha, devido à baixa complexidade técnica necessária para a atividade.

De acordo com fontes consultadas pela redação de Freeman Outdoors, o guia foi acusado do delito de homicídio culposo, razão pela qual o acusado e vítima havia um contrato que implicava direitos e obrigações. Desta maneira, segundo o código penal mexicano, coloca o guia como a pessoa que organizou e guiou o grupo de pessoas que foram à local conhecido como “El Centinela” no dia do ocorrido.

 

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Até o momento da publicação deste artigo, não foi divulgada a condenação nem qual vai ser a pena aplicada ao acusado.

Quando foi feito resgate, membros da Policía Estatal Preventiva, Capitão Noé Carrasco Cruz e Jorge Alberto Zavala Matínez, assim como os resgatistas Roberto Mungía e Roberto Caloca, perderam a vida ao fazer a decolagem do helicóptero enquanto realizava o translado.

O risco intrínseco da prática dos esportes de montanha e turismo de aventura, somado á problemática e condições que apresentam atualmente as montanhas mexicanas e as áreas naturais, demandam que os provedores de serviços de atividades de natureza tenham o maior profissionalismo possível. Da mesma maneira que no México, assim como em qualquer lugar do mundo, é importantíssimo que qualquer pessoa conheça as empresas prestadoras de serviços, assim como as suas certificações antes de realizar qualquer contrato.

Tradução autorizada: https://freeman.com.mx

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