Por: Mariano Tome
Sem dúvida tanto as qualidades físicas como os aspectos mentais são importantes na hora de escalar. Colocaria a situação como em uma balança que em um lado está o corpo e no outro a mente, e começaria a dar mais importância a cada aspecto de acordo com o momento ou experiência do escalador.
Um escalador principiante, por exemplo, trabalharia uma maior porcentagem das capacidades físicas para escalar (força máxima, força/resistência e resistência) do que as mentais (visualização, interpretação, ação, repouso, confiança e segurança. Colocaria ainda a este principiante na balança com 70% força contra 30% mente e, na medida que progride, estas porcentagens se invertem.
É claro que em um escalador avançado o esforço e dedicação aos treinamentos é muito mais intenso, mas também o trabalho mental deve ter sua parcela de importância. A diferença dos graus difíceis pesa para aqueles escaladores que tem mais força mental e força física suficiente. Da mesma forma nas competições se destacam os atletas que permanecem mais lúcidos e calmos em seus pensamentos. Assim os escaladores “avançados” que têm maior força mental obtêm melhores resultados, ainda que fisicamente sejam mais fracos que muitos outros.
O escalador alemão Wolfgang Güllich disse a seguinte frase: “… a mente é o músculo mais forte em uma atividade esportiva, porque é a que elabora a tarefa e propaga a vontade de fazer acontecer, baseada em fatores do mundo exterior“.
Quem já enfrentou o momento em que os dedos escorregam pelas agarras e as pernas tremem sem controle sabe que a força psicológica é, sem dúvida, o ponto de partida para ter êxito em qualquer escalada. Portanto quem começa a escalar e está pensando que é algo simples, terá levar em conta que para progredir é necessário percorrer um longo, e intenso, caminho não somente para dominar seu corpo como também sua própria mente e, consequentemente, a si mesmo.
Tradução autorizada de: http://www.freeman.com.mx/
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