Quais foram os melhores filmes outdoor de 2018?

O ano de 2018 ficará conhecido como o ano com maior número de produções de qualidade, até o momento, disponibilizadas ao público. No decorrer do ano houve vários tipos de exibições inéditas, desde premièere por streaming, financiamento coletivos, estreias em cadeia de cinemas e até mesmo pré-indicação ao Oscar de melhor documentário. Os mais prestigiados festivais de cinema outdoor do mundo, Banff Mountain Film Festival e o Kendal Mountain Festival, tiveram sucesso de público e vários produtores e protagonista prestigiaram estes eventos.

Desta maneira, até mesmo veículos dedicados a cinema e cultura em geral, como o site IndieWire (principal veículo de filmes independes dos EUA), dedicaram vários artigos a estas produções e em como elas foram feitas. Não resta dúvida de que, quando exibidas no cinema, são obras que conquistam o respeito do público e crítica como um gênero a ser explorado por quem procura nichos no mercado.

No Brasil, a estreia do Freeman Film Festival, com exibições de produções como “The Dawn Wall” e valorizando produções brasileiras, levou mais de 2.000 pessoas aos cinemas, provando em números que o público entusiasta de atividades de montanha se interessa por este tipo de evento cultural. Para 2019 exibições de principais produções estão confirmadas para cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, entre outras.

O melhor do festival de Kendal Mountain Festival está confirmado, além de outros tipos de exibições com filmes de escalada, montanhismo, bike-packing, trekking e outros esportes de montanha.


The Dawn Wall

Considerados por grande parte do público especializado, o filme norte-americano “The Dawn Wall” foi, sem sombra de dúvida, o melhor filme de escalada de 2018. Esta produção foi uma das atrações que mais mobilizou o público, lotando salas em poucos dias nas principais cidades do Brasil.

Por conta deste sucesso, os produtores se interessaram em levar mais de suas obras para salas de cinema brasileiras, além da própria presença destes. A exibição em solo brasileiro marcou a volta de exibição de produções relevantes em salas de cinema.


Morir por la Cima

Este documentário espanhol de 1h20min foi totalmente realizada e produzida sem grandes patrocínios. Mesmo assim, quando exibida em cinemas espanhóis, mobilizou toda a comunidade de montanhistas europeus para assisti-la. Para realizar a produção, foram investidos muitos anos e aproximadamente 20 pessoas que trabalharam de maneira gratuita e altruísta para concretizá-lo.

O filme retratou vários montanhistas, escaladores e base jumpers como Alex Txikon, Carlos Soria, Leo Houlding, Ramón Portilla Armando del Rey e Carlos Suárez.


Silence

“Silence” é uma via de escalada notoriamente difícil localizada na Caverna Hanshelleren em Flatanger, Noruega. A partir de dezembro de 2018, é considerada a via esportiva mais difícil já escalada, e a única no mundo a ter uma classificação proposta de 9c francês (13a brasileiro). A produção teve exibição em um evento realizado na Itália, com direito à presença do próprio Adam Ondra.

No momento da exibição da produção no evento, “Silence” foi exibida, e posteriormente liberada gratuitamente, ao vivo. O filme retrata como foi a preparação de Ondra para estabelecer o grau mais difícil da escalada atual. Desta maneira, o filme “Silence” foi dos filmes de escalada mais vistos de 2018 com 1,5 milhões de exibições.


Path to Everest

“Path to Everest”, produção que marcou o fim do projeto Summits of My Life realizado pelo atleta catalão Kilian Jornet foi exibida com sucesso na Espanha em várias salas de cinema. O filme do corredor espanhol Kilian Jornet está disponível para aluguel e venda por meio de VOD (video on demand).

A produção, que marca o ápice de seu projeto Summits of My Life, mostra um Kilian Jornet mais humano, com uma abordagem inédita sobre sua vida íntima, medos e contradições. Na produção estão testemunhos de personalidades como Reinhold Messner, Jordi Canals, Jordi Tosas, Peter Habeler, Emelie Forsberg, Bruno Brunod e Sébastian Montaz-Rosset. O documentário também aborda a história das primeiras expedições que tentaram conquistar o Monte Everest. “Path to Everst” é o quarto filme de Kilian Jornet, que foi precedido por “A Fine Line”, “Déjame Vivir”, “Langtang”.


La Congenialità – The Attitude of Gratitude

Dirigida por Christian Schmidt, “La Congenialità – The Attitude of Gratitude” conquistou o público por onde foi exibida em 2018. Apesar da diferença de idade, Simone Moro e Tamara Lunger compartilham um objetivo semelhante e seus papéis são claros: ele o sábio mentor, ela a estudante ansiosa.

Mas, à medida que a equipe se dirige para Kangchenjunga (8.586 m) para tentar a mais alta travessia em picos de 8.000 metros, seus papéis começam a inverter.


The Weight of Water

“The Weight of Water” é a história de um homem cego enfrentando um desafio improvável: andar de caiaque no Grand Canyon. O diretor Erik Weihenmayer equilibra o medo de se afogar com o de permanecer paralisado em uma prisão de escuridão.

“É tão difícil estar completamente consciente porque há tanto medo, há muita ansiedade, é como se uma pessoa estivesse olhando pela janela para ver uma experiência, em vez de estar na experiência” disse o diretor Erik Weihenmayer.


Free Solo

Produzido por Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, “Free Solo” é uma produção sobre o escalador norte-americano Alex Honnold em sua investida em uma escalada que tornou-se icônica: solo no El Capitan. A principal atração da produção é que por ser realizada por uma diretora que não é necessariamente escaladora, a abordagem para um público leigo, além de procurar entender porque Honnold arrisca sua vida,é o destaque desta produção.

Ainda sem data de estreia para o Brasil (os proprietários da Freeman Film Festival afirmou que estão en negociações), “Free Solo” já estreou em circuoto comercial nos EUA, Inglaterra e começou várias turnês por diversas cidades da Europa.

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