[EXCLUSIVO] Crítica do primeiro vídeo da série “Icon”

Todo esporte possui seus ícones, e ídolos. Para o bem ou para o mal qualquer modalidade possui, e necessita daquela figura que rompe barreiras e torna-se referências.

Na escalada não poderia ser diferente. Além de ser importante para quem inicia no esporte, é também igualmente relevante para a construção da história do esporte em si.

Valendo-se destes conceitos a revista americana DPM (Dead Point Magazine) resolveu realizar uma série de curtas que homenageiam um determinado ícone da escalada americana. O escolhido para ser o primeiro da série foi Tommy Caldwell.

Com uma história de feitos impressionantes, o escalador de 33 anos, Caldwel foi o centro de um vídeo que tinha a intenção de retratar um ícone mas esbarrou em roteiro frouxo e excesso de imagens de escalada de outras pessoas que não o próprio.

Com boa edição de imagens e declarações o vídeo conta como foi o princípio de Tommy na escalada. Filho de guia de montanha, ele estava sempre em contato com o montanhismo desde seu nascimento, e criou o gosto pela escalada em rocha quase por acaso.

Sempre apoiado pelos pais, e com grande determinação Tommy se destacou na escalada e se tornou o grande ícone da escalada mundial.

Após a apresentação do centro das atenções, em que alterna narração com imagens dele escalando o roteiro se perde. Na tentativa de introduzir outros personagens à história mostra escaladores não tão famosos em longas imagens destes escalando.

Não há aprofundamento na vida de Caldwell após este momento, apenas divagando sobre a histórias de vias de escalada em locais típicos do próprio Estados Unidos.

Não há menção ao episódio em que teve seu dedo cortado, sobre seu casamento, vida de casado, projetos e grandes parcerias.

Os depoimentos elogiosos de Nick Duttle e Jonathan Siegrist seguido de escaladas destes apenas dizendo que Caldwell era grande pessoa e  escalador tira o foco daquele que deveria ser retratado como ícone.

Uma outra falha no roteiro evidente ocorre ao retratar lugares de escalada sem ao menos os apresentar, apenas mostrando escaladas de uma via de graduação alta.

Com trilha sonora toda baseada em música eletrônica, o filme possui bonitas imagens e ângulos de filmagens. Tanto nos depoimentos de Tommy Caldwell, quanto nas escaladas dele e dos escaladores acima citados são bem filmadas. Porém a partir da metade o filme torna-se confuso e perde-se o foco.

Fica no ar a pergunta de que se haverá a mesma abordagem em próximos episódios.

Que fique claro que é importante retratar ídolos, mas há de manter o foco nisso, e não se perder.

 

Nota do Blog de Escalada:

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