A Argentina é rica em opções de escalada para todas as modalidades.
Não é nenhum exagero dizer que em toda a América latina, é o país que possui opções para todos.
Na Argentina há ainda locais desconhecidos e com potencial incrível.
Capitaneados por Nina Caprez, um grupo de escaladores europeus exploram o potencial de escalada perto da região do Cerro Tuzggle, no estado argentino de Salta.
O estado é também conhecido por ter as melhores empanadas do país.
Nesta mesma região há um vulcão extinto que deixou de “herança” uma região cm muitas rochas vulcânicas a serem exploradas para escalada.
Desde o início do filme é mostrado tipo de clima existente: desértico, rico em rochas vulcânicas e tons avermelhados e alaranjados a perder de vista.
Com filmagem e roteiros descontraídos, Tuzgle consegue fazer com que o espectador se sinta parte do grupo, torando o filme mais descontraído.
Todas as escaladas filmadas e tratadas por habilidosa edição, contém inteligentes ângulos de filmagem.
Importante destacar que em praticamente em todas fica evidente o estilo refinado e exuberante de escalada de Caprez.
Entretanto durante a exibição do filme, a sábia decisão de não fazer de Nina o foco central de atenção colaborou para a fluidez de exibição.
Outra decisão que confirmou ser acertada foi a de documentar não somente os encadenamentos, mas também as tentativas de cada escalador para desvendar as vias e boulders encontrados.
Por opção da direção foi escolhido por suprimir urbanas, e com isso imagens captadas nos vilarejos, além das dificuldades de idiomas em alguns momentos construíram cenas de bom humor.
Mesmo possuindo muitos pontos positivos em relação a detalhes técnicos, as “brincadeiras” realizadas com a edição de imagens para que fossem realizadas coreografias das imagens com a música causa estranheza.
O recurso não compromete, mas tira um pouco do padrão de qualidade apresentado ao longo da exibição.
Mesmo sendo um filme curto (menos de 15 minutos), Tuzggle tem qualidades de sobra para agradar quem procura uma produção descontraída e divertida.
O filme serve também para demonstrar que em uma região de escalada pouco retratada podem ser feitas produções interessantes.
Nota do Blog de Escalada:
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.