Estudo conclui que praticantes de hiking são mais vulneráveis em situações de sobrevivência

Um estudo realizado pela SmokyMountains.com, concluiu que os praticantes de hiking de apenas um dia (caminhada que não exige pernoite) estão mais sujeitos a emergências em situações de sobrevivência. O estudo analisou mais de 100 reportagens dos últimos 25 anos para identificar as formas mais comuns pelas quais os adultos na América do Norte se perderam ao fazer caminhadas em parques nacionais na América do Norte.

Tecnicamente as atividades de hiking e trekking são enxergadas de maneira diferentes. O hiking é uma atividade que dura no máximo um dia, sem a necessidade de pernoite em refúgios ou camping. Trata-se de uma simples trilha ou caminhada. Já o trekking é visto como uma atividade de mais de um dia, que exige camping ou pernoite em algum albergue ou refúgio durante o trajeto. Este tipo de diferenciação é importante para que a indústria de equipamentos outdoor saiba qual é o público alvo de seus produtos.

Joelho no trekking

No Brasil, o termo hiker, ou mesmo day hiker, não é muito usado. Tanto para caminhada de um dia, como uma travessia, ao menos no Brasil, é denominado erroneamente trekking. Entretanto, é importante definir que um tipo de praticante de trilhas, seja hiking ou trekking, não é “melhor” ou “pior” que o outro. Apenas são duas maneiras distintas de desfrutar de uma mesma atividade outdoor. Mesmo assim, saber os tipos de vulnerabilidades que um praticante de hiking sofre em relação ao de trekking é importante para uma melhor informação em parques e locais de práticas da atividade.

No estudo, 40% dos sobreviventes começaram a caminhada, com duração média de 6 horas, acabavam saindo da trilha. Outros 16% sofriam pequenos acidentes como quedas e torções, que os impossibilitavam de voltar caminhando. Portanto, caminhar a esmo (sem saber para onde está indo) para encontrar o caminho de volta é mais comum a quem não está acostumado com a atividade de trekking.

A pesquisa também sugere que o grupo mais vulnerável de praticantes de caminhados em trilha não é aquele que carrega itens essenciais de trekking em uma mochila. Portanto, os praticantes de hiking, que utilizam mochilas com poucos itens essenciais, ou às vezes sequer usam mochilas, são os mais vulneráveis a imprevistos. No estudo, o item que mais se destacou, com 12% no que sentiram vulnerabilidade, foi a indumentária. Ou seja, casacos apropriados por atividades outdoor. Maiorias dos sobreviventes possuíam abastecimento de água e comida na mochila, em quantidade suficiente para esperar o resgate.

Todos esses dados levantados neste estudo sugerem que a melhor maneira de sobreviver perdido em um parque nacional é já ter roupas e equipamentos necessários para se aquecer, abrigar-se à noite e ter comida e água. De acordo com o estudo os hikers, priorizam carregar equipamentos considerados não essenciais, como câmera fotográfica, caixas de som com bluetooth, entre outros.

Para ler o estudo completo acesse: https://smokymountains.com

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