Um estudo divulgado esta semana apontou que seres humanos podem detectar campos magnéticos da mesma maneira que animais migratórios. Como já é sabido pela ciência, as aves migratórias, peixes (como os salmões e trutas) usam campos magnéticos para orientar-se pelo mundo. Essa sensibilidade magnética, chamada de magnetorecepção é a capacidade de detectar um campo magnético para perceber direção e desempenha um papel na capacidade de navegação e orientação de várias espécies animais. Este tipo de sensibilidade sempre foi uma espécie de “superpoder” que só animais pareciam possuir.
O estudo foi publicado na revista científica eNeuro com o título “Transduction of the Geomagnetic Field as Evidenced from Alpha-band Activity in the Human Brain” (Transdução do Campo Geomagnético como Evidência da Atividade da Alfa-banda no Cérebro Humano). O eNeuro é uma revista científica de acesso aberto, e revisão por pares, publicada pela Society for Neuroscience. A revista publica pesquisas de alta qualidade e abrangentes focadas exclusivamente no campo da neurociência.
De acordo com o estudo, algumas pessoas, mesmo que nem percebam isso, demonstrar através da atividade cerebral uma sensibilidade aos campos magnéticos. Para chegar aos resultados, o estudo selecionou os voluntários e os colocou em uma caixa protegida de campos magnéticos externos. Dentro dessta caixa, alguns campos magnéticos eram gerados e moviam-se em torno da pessoa, que permanecia sentada em uma cadeira, com sensores monitorando seus cérebros. Cada um das 34 pessoas analisadas no estudo, disseram que não poderiam dizer quando os campos eram girados.
Os cientistas examinaram as ondas cerebrais destas pessoas e descobriram que algumas delas, menos de um terço, tinham reações marcantes na atividade das ondas cerebrais quando os campos magnéticos mudavam. Portanto o fato de que apenas alguns participantes do estudo exibiram atividade cerebral na presença de campos magnéticos variáveis, sugere que pode haver um fator genético para quem é capaz de detectar campos magnéticos. Pesquisadores da Caltech, empresa que realizou o estudo, estão realizando acompanhamento para ver se a mudança de campo magnético afeta o senso de direção das pessoas que participaram da pesquisa.
Para maiores informações a respeito da pesquisa: http://www.eneuro.org
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.