Um escalador sofreu grave acidente na manhã de ontem, 10/06/2015, na Academia Casa de Pedra, localizada em região considerada nobre da zona oeste da cidade de São Paulo.
Segundo relatos das pessoas presentes a queda foi de 14 metros, a altura total das maiores paredes da academia Casa de Pedra, e o motivo apurado foi falha humana.
O acidente aconteceu por conta do escalador, que estava praticando o esporte em “top rope”, ter passado o mosquetão que prendia a corda a um cordelete, que servia para reter o saco de magnésio à sua cintura, e não na cadeirinha.
Ao chegar ao topo da via e sentar para descansar o cordelete se rompeu, e o escalador caiu em queda livre de uma altura de 14 metros.
O nome do escalador não foi divulgado, como também não foi confirmado se monitores da academia estavam próximos para checar os procedimentos básicos.
O escalador passou por cirurgia no dia de ontem e seu quadro é estável após ter fratura exposta em pernas e braços.
Após o acidente, algumas horas depois o local estava novamente liberado aos clientes através de comunicado pelo Facebook por volta das 18:00.
Este é o segundo acidente que acontece na academia paulista neste ano de 2015.
Segundo frequentadores várias clínicas e workshops de segurança são promovidos pela academia periodicamente.
Procurada pela redação da Revista Blog de Escalada, a academia se recusou a dar mais informações sobre o caso.
Equipe da redação
[…] Homem cai de 14 metros em acidente em academia em São Paulo […]
Tanto numa escalada tradicional quanto numa academia os riscos envolvidos são grandes se os procedimentos de segurança não são corretamente seguidos.
Como queremos ter autonomia para fazer o que quisermos, somos os responsáveis pelo risco que corremos. Se não houve falha no equipamento de responsabilidade da academia é uma tremenda hipocrisia culpá-la.
Se assim for estaremos contribuindo para que proíbam a prática em determinados locais sob a alegação de haver risco de vida que é justamente o que pelo que sei entidades como a FEMERJ lutam para evitar.
Quem quer escalar tem que saber o risco que corre e estar preparado para minimiza-lo .
Como falam besteira. Várias Gym de escalada no mundo você ainda um terno de responsabilidade e os monitores estão lá para tirar dúvida. Claro que se observarem algo inapropriado tem a responsabilidade de corrigiram o atleta, mas em alguns ginásios de escalada tradicionais nos EUA nem o grigri é obrigatório, sem utilizado o ATC como segurança. Ao meu ver a palavra expressa o ocorrido, ACIDENTE. Nos resta aprender com a cagada e ter mais atenção que como já mencionado é um esporte de risco, não quer correr risco jogue xadrez!
“Procurada pela redação da Revista Blog de Escalada, a academia se recusou a dar mais informações sobre o caso.” Acho isso um descaso com a comunidade. É claro que a CP tem sim responsabilidade sobre o ocorrido e caberia à eles uma nota se posicionando sobre o assunto, e lembrando também que a escalada é um esporte de risco.
Uma medida simples é ter espalhado pela academia ilustrações mostrando as formas corretas e incorretas de montar a cadeirinha e o sistema de segurança, pois mesmo que os instrutores fossem os mais competentes do mundo, com a casa cheia é impossível ter pleno controle do ambiente.
Sempre critiquei o fato de os monitores serem meros olheiros, e que não oferecem o mínimo de instrução ou mesmo dão segurança à um novato que chegou sozinho (de acordo com o comentário da Mônica).
Mas minha maior crítica se da ao fato de que a Casa de Pedra é uma academia de corpo e não de mente. Não há nenhuma ênfase no preparo sobre técnicas de seus usuários e na minha opinião este é um erro primário, pois a escalada é uma atividade que se divide entre a técnica (de equipamentos) e a prática (corporal).
Me incomoda tecer estes comentários agora que a merda já aconteceu, mas ao que parece, este é o momento certo para isso.
E um absurdo esse academia! Qm faz a segurança dos escaladores são os próprios frequentadores q não tem experiência nenhuma na parte mais importante da escalada!! Só não acontece mais acidentes por sorte mesmo!!! Já quase aconteceu comigo que tive a sorte de enxergar bem de longe e há 12 metros de alturas percebi q o freio estava aberto da cadeirinha da pessoa q fazia .tinha segurança.. Foi sorte!! Fiquei pendura e gritndo por socorro até q o único instrutor no local veio correndo. Fechem esse lugar antes q mais gente se machuque gravemente ou morra!!
É uma situação bem difícil.
Imaginem se, independente da experiência do escalador, os monitores ficassem conferindo a montagem do equipamento?
Seria chato para eles? Não me importa, pois seria o lógico, pela segurança, já que todos somos sujeitos a falhas. Eles deveriam fazer isso, pois devem garantir uma escalada segura a seus clientes.
Correto?
E quem de vocês, que já escalam a muitos anos (reconheço alguns nomes dos comentários acima) iria se sentir realmente à vontade, tendo que chamar um monitor, levantar os braços e aguardar enquanto alguém, que sabe muito menos de escalada e segurança que vocês, verificarem e liberarem vcs para iniciar a via, a cada troca de via, a cada troca de escalador na via. Seria divertido e tranquilizante saber que alguém está preocupado “institucionalmente” com a sua segurança?
Duvivdo.
Neste tipo de atividade deveria-se assinar um termo de consciência de risco e assunção de responsabilidade quanto ao uso do equipamento e checagem (como o colega acima colocou, a checagem pelo dupla é sempre muito recomendavel), e só deveriam assinar estes termos os que realmente sabem usar o equipamento. E em caso de novatos, estes assim se declarariam e seriam monitorados de perto.
Talvez seja esta uma boa sugestão.
Mas vcs conhecem os escaladores. Alguns na segunda ida à academia já se acham profissionais, pois levam um amigo, ou a namorada, que nunca escalou antes.
O brasileiro é machão. E, às vezes, só por ser machão, fica burro e descuidado.
Não pode-se culpar a academia por isso, ou seus monitores. Mas também não se pode ignorar a sua responsabilidade.
Que sirva de lição.
Humildade é recomendavel.
A todos.