Escaladas no Tibet são suspensas por causa de uma escalada ilegal de montanhista polonês

O governo chinês, que controla o Tibet desde que o invadiu em 1950, publicou um comunicado declarando que todos os permits (licença oficial que autoriza a escalada e montanhismo) estão cancelados para a temporada deste ano.

Segundo o comunicado da Tibet Mountaineering Association, entidade responsável por organizar o montanhismo, haverá ajustes internos na autarquia tibetana, que incluem uma auditoria, por causa de uma escalada ilegal do polonês Janusz Adam Adamski.

Montanhista polaco Janusz Adam Adamski | Foto: https://www.thetimes.co.uk

O escalador, que chegou a subir ao cume do Everest no mês passado pela face norte e desceu pela sul, não possuía licença para escalar a montanha mais alta do mundo. A “brincadeira” de Janusz fez com que a Tíbet Mountaineering Association cancelasse o restante da temporada de outono na região. O objetivo, segundo o comunicado divulgado, é para oferecer à todas expedições melhores condições em 2018.

Vários montanhistas declararam, por meio de redes sociais e mídias relevantes, que a atitude de Adamski foi de “extremo egoísmo”.

Foi anunciado ainda que o polonês Janusz Adam Adamski, de 49 anos de idade, está proibido de escalar no Nepal pelo período de 10 anos. O escalador foi entregue ao departamento de imigração e deportado ao seu país. Esta é a mesma condenação que recebeu o sul-africano Ryan Sean, que também tentou escalar o Everest sem tirar o permits (licença oficial para escalar montanhas).

Quando o escalador polonês foi preso pelas autoridades locais declarou que “nunca me arrependerei do que eu fiz. Não havia nenhuma provisão de uma permissão de cruzar os dois países, eu fiz ilegalmente, pois era o sonho da minha vida”. O polonês declarou ainda que “estou pronto para encarar qualquer problema legal no Nepal para sustentar a grande conquista da minha vida”.

O valor desta permissão para o Monte Everest é equivalente a aproximadamente US$ 11.000.

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