Todo o escalador é obscecado por ir a algum lugar que chancele, ao menos em sua alma, o sentimento de que “subiu o grau”.
Para os leigos uma explicação rápida sobre este tipo de “conceito” (as aspas podem ser explicadas como um tipo de lenda por parte do atleta do que propriamente um fato científico):
Subir o grau na escalada significa que um escalador que normalmente escala vias de uma graduação X (escolha o seu sistema de graduação preferida), sempre à vista e com relativa facilidade (ou seja encadenando à vista) e a partir de certo momento começa a realizar o mesmo com vias (sim, no plural) de graduação X+1.
Este tipo de evolução, que envolve fortalecimento muscular, amadurecimento de técnica e concentração mental é popularmente tido dentre os escaladores como “subir o grau”.
Este tipo de amadurecimento do estilo próprio de escalada pode ser conseguido com uma carga intensa de treinos em academias, idas constantes à rocha para realizar um bom volume de vias (sim, no plural) do grau X para posteriormente em um determinado período começar a fazer o mesmo em outras de graduação X+1.
Normalmente somente escaladores sem muita experiência em escalada, ou conhecimento raso do que significa um grau de escalada, concluem que sobem de grau somente após encadenar apenas uma via em um grau superior.
Escaladores experientes, e fortes, sabem que somente após encadenar um número razoável de vias em um grau X+1 (quando sabe-se que o conforto está no grau X) é que “subiu o grau”.
Uma abordagem muito comum que escaladores realizam é a de viajar para um local o qual não conheça para colocar à prova sua capacidade de escalar o maior número possível de vias à vista. Durante uma viagem o tipo de rocha, estilo de vias e até mesmo a altura das vias de escalada fazem com que durante este período de viagem faça qualquer pessoa subir o grau.
Tido como um dos locais de escalada mais interessantes existentes na Europa, a Bulgária oferece locais interessantes e que permitem a subida de grau de qualquer escalador determinado a isso.
Foi isso que os escaladores Bojko Lalov e Emiliyan Kolevski concluiram ao visitar a caverna Prohodna, e Karlukovo, localizados no centro-norte do país búlgaro, que possui além de tudo um ambiente diferente de tudo que aparece em vídeos de escalada.
O objetivo da dupla parecia simples: encadenar a via Hip Hop, graduada em 8c+ (11b na graduação brasileira), considerada uma das linhas mais icônicas da Bulgária.
O local por ser tão fantástico foi sede do Petzl Roc Trip de 2014, e possui um calcário considerado jurássico e vias esportivas que chegam a 40 metros.
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