Entrevista com Nina Caprez

Durante várias entrevistas que concedeu ao longo de sua carreira a escaladora Lynn Hill definiu a escalada como uma espécie de dança sobre a rocha, tamanha a necessidade de sutileza, leveza e precisão nos movimentos.

Fosse necessário definir a escaladora suíça Nina Caprez ao vê-la escalar esta seria a melhor metáfora : Uma bailarina da escalada.

Com movimentos suaves, concentração impressionante e carisma inigualável a escaladora é figurinha carimbada em vários eventos relevantes de escalada, em especial de sua patrocinadora, além de marcas impressionantes.

Para conhecer um pouco mais sobre sua carreira, além de poder saber da possibilidade de trazer o Petzl Roc Trip para o Brasil (isso mesmo!!) a Revista Blog de Escalada procurou Nina Caprez para uma entrevista exclusiva e inédita para qualquer veículo outdoor brasileiro.

Leia abaixo a entrevista

Nina, você sempre esta presente nos principais eventos de escalada no mundo, como o Petzl Roc Trip. Como você planeja a sua vida para fazer isso?

nina-caprez-4Eu tenho de escolher os eventos que são mais importantes para mim.

Gosto de eventos como o Petzl Roc Trip porque a coisa mais essencial é escalar. 

Também gosto de ir a outros países onde nunca estive antes. Mas no final eu tenho que ser atenciosa com meus projetos pessoais.

Sou meu próprio gerente, meu próprio chefe então no final eu tenho somente de cuidar do dinheiro e economizar para me sentir livre para fazer o que quer que eu queira.

Este é o segredo para mim!

Você é considerada uma das melhores escaladoras de nosso tempo. O que isso representa a você?

Bem, honestamente eu não pense em uma estátua.

Para mim o importante de projetos de escalada que eu escolhi e dei o meu melhor neles.

Esta é a maneira que todo mundo deveria fazer.

Você pode não ter o objetivo de ser o melhor escalador do mundo, deve ter a meta de realmente dar o seu melhor.

Se conseguir atingir isso, estou satisfeita comigo e me sinto contente.

Você sempre está em filmes legais como “Zillertal” e “Cuba”. Como é o seu processo de escolha de história e desafios para estes filmes:

Existem dois tipos de projetos de filmes: projetos pessoais e projetos empresariais.

Se por exemplo a Petzl me pede para ir a uma viagem, evento e ao mesmo tempo querem realizar um filme, é um trabalho fácil para mim. 
Eu não tenho de pensar sobre lugar, roteiro, dinheiro a juntar… Somente tenho de escalar, arrumar algumas linhas e dar o meu melhor.
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Se eu tenho um projeto pessoal como “Silbergeier” ou “Orbayu” é um trabalho enorme e que toma todo o tempo por um ano inteiro.
Eu tenho de escolher o projeto perfeito com minha história pessoal, tenho de escolher o cameraman mais correto, planejar o pagamento, pensar e organizar toda a logística, a produção correta…
Este tipo de projetos eu somente faço se eu tenho um bonito e enorme projeto atrelado à bagagem pessoal.nina-caprez-1
As produções são diferentes, mas é ótimo fazer os dois.
No seu filme “Tuzgle” você visitou o norte da Argentina. Existe algum plano de vir e visitar algum lugar de escalada no Brasil?
No momento não há plano definido para ir ao Brasil, mas estou aberta a qualquer coisa.
Na sua opinião, o público feminino na comunidade de escalada está crescendo ou está na mesma proporção de quando começou a escalar?
Uau, não tenho ideia, eu comecei a escalar a 10 anos atrás e honestamento não me atentei o suficiente neste assunto para te dar uma boa resposta.
No Brasil existem muitos escaladores que desejam que aconteça um Petzl Roc Trip no Brasil. Você teria algum conselho a dar a estas pessoas para que seus sonhos se tornem realidade?
Se você tem uma área de escalada bem grande e bem legal, e as pessoas estão pilhadas para isso, deveriam convidar Erwann Lelann, o chefe do Petzl Roc Trip e mostrar o lugar.
No Petzl Roc Trip de 2014 você viajou em um trailer por diversos países. Como foi a experiência para você?
Foi uma das melhores experiências da minha vida.  
Eu gostei muito este estilo cigano de viver, os problemas que tivemos de resolver e os lugares fantásticos que tive a chance de descobrir.
Eu amei o conceito de caravana e eu realmente senti parte de mim.
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