A escalada exige uma série de movimentos repetidos, grandes amplitudes de movimento e muita força.
Este conjunto de fatores gera uma sobrecarga em músculos, tendões, articulações e ligamentos, que ainda pode ser agravada por uma postura incorreta durante a prática.
No meio da escalada são muito comuns entorses de tornozelo; lesões de joelho como ruptura de menisco e do ligamento cruzado anterior, e síndrome fêmoro-patelar; lesões de SLAP e manguito rotador no ombro; e ainda tendinopatia do músculo braquial (conhecida como “cotovelo do escalador”), luxações e rompimento de ligamentos do cotovelo.
É possível verificar também altos índices de dor lombar.
Muitas dessas lesões e dores são decorrentes de um movimento realizado de forma errada. Inicialmente, o atleta pode não perceber nenhum incômodo; porém a médio e longo prazo, este erro de movimento pode causar sérias consequências para o escalador.
O melhor tratamento neste caso é a avaliação e correção do gesto esportivo, que deve ser feito por um fisioterapeuta. Além disso, uma boa postura também ajuda a garantir movimentos mais adequados, pois aumenta a eficiência fisiológica e biomecânica e ajuda a diminuir a sobrecarga sobre as estruturas.
O Pilates é uma ótima ferramenta para alcançar estes objetivos, e pode ser inserido como um bom complemento ao treino de escalada.
Com o método Pilates é possível treinar os movimentos necessários à escalada de forma alinhada e segura e
também fortalecer a musculatura que da suporte às articulações, aumentando sua estabilidade.
Existe ainda uma alta solicitação dos músculos profundos de abdômen e coluna, ajudando a estabilizar o tronco e prevenir dores e outros problemas de coluna.
Veja abaixo exemplos de como os exercícios do Pilates podem prevenir dores e lesões:
Neste exercício, a escaladora está trabalhando equilíbrio, propriocepção e estabilidade do tornozelo, ajudando a prevenir entorses na região.
Aqui, estão sendo treinadas a força e estabilidade de membros superiores e abdômen, prevenindo lesões do cotovelo (como a tendinopatia de braquial, luxações e rompimento dos ligamentos do cotovelo) e dores na coluna.
Neste, temos o fortalecimento de quadríceps, incrementado pelo uso da superfície instável, exigindo estabilidade e equilíbrio.
É importante que o instrutor corrija o posicionamento dos joelhos (manter a patela para frente), prevenindo lesões como a síndrome fêmoro-patelar, cuja principal causa é o desalinhamento dessa articulação.
Neste exercício, a atleta está trabalhando o alongamento lateral do tronco, entretanto deve ser exigido o encaixe da escápula durante todo o movimento.
Desta forma, a atleta trabalha a estabilização escapular, e previne lesões de SLAP e manguito rotador no ombro.
-Graduada em Fisioterapia pela Universidade de São Paulo
-Aprimorada pelo Hospital das Clínicas
-Formação com ênfase em Fisioterapia Esportiva e Biomecânica
-Especialista em Pilates pelo método Pilates Postura Funcional
-Colunista na Revista Pilates
-Docente no Curso de Formação em Pilates Postura Funcional.
Denise
Sou praticante de Pilates- gostei dos seus comentários e orientações;
Vou ficar atenta para manter sempre as posturas corretas durante os exercícios.
Gisele Mussi