Coisas que toda escaladora deve saber – Cabelos

Ahh.. essas nossas madeixas! Interminável fonte de prazer e dor. Quem nunca ficou frustrada ou terrivelmente mal humorada por causa de um cabelo mal cortado, mal pintado ou com mechas que ao invés de um loiro ficaram brancas demais?

Ou quando precisávamos sair de última hora e nosso cabelo estava oleosíssimo, com cara de sujo?

Lembro de fotografar um casamento em que notei a quase depressão de uma das convidadas devido à insatisfação com seu cabelo. Foram horas e horas de tristeza que se refletiam até nas fotos.

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Foto: Eduardo Wagner

Você pode achar exagerado (eu também acho um pouco), mas respeito muito qualquer sentimento que uma mulher possa ter em relação aos seus cabelos.

Que estranho poder esses fios exercem sobre nossa personalidade? E, além disso, como eles podem até definir a forma como as pessoas nos veem?

Quantas vezes vi mulheres e até homens que nem eram tão bonitos assim, mas tinham um cabelo tão lindo que impressionava e os deixavam mais atraentes?

É de se pensar, e muito. Talvez você até tenha parado para refletir mais profundamente sobre essa questão e eu recomendo que invista nessa análise, afinal de contas, precisamos elevar a outro patamar as discussões tão superficiais sobre estética de hoje em dia, mas nesse post vou falar de coisas mais práticas que vão ajuda-la a se relacionar melhor com o seu cabelo no dia a dia e na prática de atividades esportivas, inclusive na escalada.

Foto: Eduardo Wagner

Foto: Eduardo Wagner

Para mim cabelo bom é aquele que não incomoda, ou no máximo, incomoda muito pouco.

As mulheres estão sempre atentas à aparência. Não importante se somos feias ou bonitas, gordinhas ou saradas, altas ou baixas, se usamos óculos, aparelho, etc.

Estar se sentindo bem externamente é também uma forma de refletir nosso interior. Se estamos alegres e felizes queremos que nosso exterior reflita isso. A grande questão é que nem sempre podemos contar com nossos cabelos, aí é hora de facilitar nossa vida.

Já fui loira, morena, ruiva, lisa e cacheada. Já fui até careca e simplesmente adorei a liberdade da “ausência” de cabelos, mas o que aprendi nesses anos todos é escolher o corte que mais combina comigo.

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Foto: Juliana Falchetti

Você já parou para pensar nisso? Quando tinha cabelos até a cintura eu era ruiva. Usava hena e achava que caía muito bem em mim.

Eu tenho olho verde, sardinhas no rosto… perdi a conta de quantas vezes perguntaram se eu era polaca (não sei se era elogio), mas aí cansei.

Cansei de ter que ir ao salão todo mês retocar a raiz ou ter que pintar em casa mesmo. Cansei de ter que lavar a toalha cheia de tinta. Não digo que foi bom ou ruim. Foi uma experiência e mostrou que eu precisava repensar a maneira como eu gostaria de me ver e se aquilo combinava com meu estilo de vida.

Cortei curto, estilo homem e depois raspei. Para surpresa e alegria meus cabelos cresceram cacheados e eu fiquei tremendamente encantada com a maravilha da biologia capilar.

Descobri que para mim, cabelo curto é a medida certa entre felicidade e praticidade. Fiz umas mechas que retoco apenas duas vezes ao ano, o que não exige que eu esteja mensalmente em salões.

Definido o estilo de corte que mais tem a ver com você, é hora de pensar como você cuidará dos fios e que acessórios mais combinam com cada atividade.

Para quem é loira, tem mechas ou luzes é bom usar a cada 15 dias um matizador que genericamente tem o objetivo de deixar o seu loiro menos amarelado e mais bonito. Dentre tantos que já experimentei, desde bem caros a mais baratos, o melhor custo benefício foi o da marca Fit Colors.

Tem o shampoo e a máscara que não ressecam os cabelos (na verdade hidratam e muito).

Para definir os cachos, ou para controlar o frizz sem deixar os cabelos pesados, uso o Relax’It da

Tricology duas vezes ao dia. Meu segredo é nunca pentear e secar os cabelos de cabeça para baixo para eles ficarem bem cheios. Adoro!

Para quem tem cabelo comprido e fino a dica é da amiga Thays, dona de um cabelo de dar inveja. Ela escova os cabelos antes de entrar no banho e usa um pente para passar o condicionador. Isso evita que os fios embaracem e quebrem na hora de secar.

O produto que ela recomenda é o Óleo da Alfaparf Semi di Lino Diamante que usa todos os dias após secar o cabelo com secador. Além de ajudar com Frizz, deixa o cabelo brilhoso e bem cheiroso.

Durante a escalada nem pensar em ter que ficar ajeitando cabelo na cara! Pode até ser bem perigoso.

Já se imaginou segurando em um reglete, com a corda na mão pronta para costurar quando bate um vento, joga o cabelo no olho, na boca, você quase afoga, fica meio cega e… queda!

Você pode prender ou usar faixas na atividade física, mas evite prender o cabelo muito apertado, pois tracionar os fios em excesso danifica a raiz e causa queda (Naomi Campbell que o diga).

A faixas são super bacanas e ajudam a segurar os cabelos mais naturalmente. Para quem tem o cabelo mais comprido pode usar uma faixa e completar com um amarrador mais frouxinho, uma trança ou mesmo um coque.

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Foto: Juliana Falchetti

O material da faixa conta muito. Não gosto daquelas com fios de elástico ou miçangas. Elas marcam o cabelo e como muitas não tem regulagem podem dar uma tremenda dor de cabeça se ficarem apertadas demais.

As de tecido são ótimas e tem uma variedade enorme de estampas. Para quem tem a vovó por perto ou é uma moça prendada, pode investir nas faixas de crochê.

Para finalizar, a famosa expressão menos é mais vale para os cabelos também.

Acerte no comprimento, use o mínimo possível de artifícios químicos e evite gastar muito tempo e dinheiro com seu cabelo.

A saúde dos fios e da mente agradece!

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