A montanhista Cleo Weidlich está no Nepal para realizar a tentativa de ascensão invernal no Monte Nanga Parbat, montanha da cordilheira de Karakoram.
Cleo Weidlich é a montanhista brasileira que mais escalou montanhas acima de 8.000, e uma das mais ativistas da atualidade.
Por ser uma tentativa delicada de ascensão que exige força e muita técnica, Weidlich está realizando treinamentos no Ama Dablam montanha de 6.812 m a leste do Nepal.
Segundo a montanhista o Nepal está sem combustível (não há abastecimento de gasolina no país), sem eletricidade, e comunicações são realizadas porque pessoas conseguem geradores para o telefone, entretanto à noite o país fica sob luz de velas.
Segundo a montanhista, paga-se em uma corrida de táxi de poucos minutos aproximadamente 20 dólares, atitude que paralisou o turismo no país.
O país também enfrenta a expectativa de inverno neste estado de calamidade, e especula-se que será um inverno mais frio que os demais já enfrentados no país, sendo que até mesmo os Sherpas (acostumados com o clima no Everest) estão reclamando.
Amanha, 5 de novembro, Cleo Weidlich parte para o vilarejo religioso de Pagboche, localizado a 3.985 m acima do nível do mar, onde fara a “purificação de alma” (conhecido como Punja ) com Llama Geshi.
De Pagboche Weidlich segue para o Campo Base 4 do Ama Dablam.
Ainda reportado por ela o turismo, que é a atividade mais importante para a economia do país, de 30 milhões de pessoas, está em uma crise profunda.
Isso porque, segundo Cleo Weidlich, são pouquíssimos os turistas os turistas encontrados no país, e o embargo aplicado pela Índia desde 1989, estão tendo de negociar com a China para viabilizar atividades econômicas no país.
O Nepal, que possui 90% da mão de obra empregada trabalhando com agricultura, possui PIB de US$ 19,637 bilhões (o PIB do Brasil é de US$ 2,244 trilhões).
Portanto o Nepal é totalmente dependente, em termos de recursos, da Índia pois as estradas que ligam o país à China foram fechadas por deslisamentos de terra após os terremotos deste ano>
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.