A Cadeirinha Aerada (baudrier) da marca brasileira Conquista tem como objetivo oferecer segurança e conforto ao escalador durante escaladas, com leveza e durabilidade.
Segundo o seu fabricante foi projetada para grandes paredes, conquistas de vias e escalada alpina, unindo de forma eficiente, conforto e baixo peso.
O Teste
O equipamento foi testado em dois tipos de rocha defendentes: calcário e granito.
A cadeirinha foi utilizada em vias de graduação mediana (6º a 7º brasileiros) na sua maioria em vias esportivas.
As vias esportivas variaram de 8 a 25 metros de altura, com 4 a 12 proteções.
Foi testada em uma escalada tradicional de várias cordadas na Pedra da Ana Chata, com temperatura amena e ausência de chuva.
A cadeirinha não foi utilizada para escaladas com proteções móveis.
Para fins de testes, fui utilizada tanto em top rope, quanto em vias guiadas com pequenas quedas (vacas) para averiguar questões de conforto e ergonomia do produto.
A cadeirinha foi transportada em mochilas junto com outros equipamentos de escalada, como normalmente é feito.
O produto não foi lavado em máquina de lavar, apenas deixada à sombra para secar o suor.
Prós
- Leveza
- Conforto
- Tamanho
- Qualidade dos materiais
Contras
- Ajuste trabalhoso
- Tamanho das alças do Rack e anéis frontais
Notas
- Qualidade de Material: 4,50
- Acabamento: 4,50
- Design: 3,0
- Ergonomia: 4,0
- Facilidade de Limpeza: 5,0
- Relação Peso x volume: 4,5
- Relação custo x benefício: 4,0
- Nota Final: 4,21
Opinião
A Cadeirinha Aerada da marca Conquista causou boa impressão durante todos os testes realizados no produto.
Ficou evidente a preocupação da marca em realizar um produto com qualidade de exportação que possa competir com marcas internacionais.
Com acabamento superior, e uma evidente preocupação maior com a ergonomia a Cadeirinha Aerada agradou bastante durante os testes pelo conforto oferecido.
Utilizando em movimentos que exigiam pés altos, uso do calcanhar abertura grande de pernas e outros movimentos de amplitude não atrapalhou a movimentação.
O que chamou a atenção foi o tamanho da abertura das alças laterais do rack e dos anéis frontais pela sua circunferência reduzida, que causou incômodo pela limitação de quantidade de costuras no rack.
No anel frontal usando uma corda de 9.8mm, o espaço fica limitado e delicado para o uso de uma solteira que fica disputando lugar com o loop, detalhe este que pode causar incômodo no momento de desequipar vias esportivas ou ficar nas paradas em vias tradicionais.
O ajuste da cadeirinha também não é simples, apesar de ser bem eficiente dando sensação de conforto e segurança quando finalizado.
Por não ter um ajuste muito simplificado, pode causar confusão a iniciantes e alunos de escalada.
O que chamou atenção positivamente foi a questão do uso da Cadeirinha Aerada de maneira mais justa (que não é recomendado) e que rapidamente incomoda o usuário, sendo eficiente para que o equipamento seja utilizado corretamente.
O produto é muito indicado a escaladores (de todos os níveis) que procuram um produto versátil e de boa qualidade, especialmente a quem faz uso constante do equipamento.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.