Arquitetos de países nórdicos propõem refúgios de montanha futuristas para praticantes de trekking

Nas duas últimas semanas dois escritórios de prestígio da Suécia e da Islândia ganharam destaque na mídia por proporém refúgios de montanha com propostas bastante arrojadas.

Os refúgios de montanha desenhados na proposta ficariam disponíveis para praticantes de trekking em ambos os países

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Por mais que pareça incomum para os praticantes de trekkings no Brasil, existem alguns lugares da Europa que possuem refúgios de montanha para os praticantes da atividade. A cultura de construir refúgios de montanha em locais isolados vêm da possibilidade de virada inesperado do prognóstico do tempo. Refúgios de montanha, geralmente, são de uso coletivo e tem a finalidade apenas de pernoite pelo praticante de trekking. Não sendo uma cabana para temporadas. Este tipo de prática é muito comum no países nórdicos como Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia.

Islândia

A Islândia é um país que está sendo “descoberto” por grande parte de praticantes de trekking, especialmente por quem procura algo diferente do

“lugar comum”. O praticante de trekking, geralmente, está em busca de tranquilidade e muito silêncio, mas ao fazer alguns percursos em lugares

muito populares acaba por estar rodeados por uma multidão. No Brasil o fenômeno pode ser observado no trekking do Pico dos Marins e na travessia Petrópolis/ Teresópolis.  A opção é muito interessante sobretudo para habitantes da Europa, que podem utilizar os vôos de

baixo custo, quando objetivam uma natureza exuberante e totalmente fora do eixo.

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Foto: www.guiadeislandia.es

Porém na Islândia, que é uma imensa ilha vulcânica (A segunda maior da Europa), está localizada entre a Europa continental e a Groenlândia, um pouco ao sul do Círculo Polar Ártico,  possui uma população de 320 mil habitantes em uma área de cerca de 103 mil km². Com esta baixa densidade demográfica é fácil concluir que há muito espaço  “não habitado” para poder explorar em um trekking. Estar na Islândia é, a grosso modo, estar e não estar na Europa, porque o país não possui nenhum traço geológico em comum com o continente europeu. O país possui um relevo bastante acidentado o qual é cheio de montanhas localizadas em uma espécie de planalto com altitude média em torno de 500 metros. O monte Hvannadalshnúkur, o mais alto do país possui altitude de 2.119 metros acima do nível do mar.

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Como a temperatura média do país é muito abaixo do que outros lugares de trekking é muito comum o governo disponibilizar refúgios para os praticantes de trekking. Estes refúgios são cabanas simples, não mobiliadas, apenas para que os praticantes de trekking consigam pernoitar. A atividade na ilha não é considerada perigosa, mas muitas das rotas existentes no país duram vários dias e passa por locais totalmente isolados. Todas as rotas de trekking da Islândia requer boa forma física, conhecimento de navegação e conhecimento de leitura de bússolas, mapas e GPS. Os refúgios são justificados também pela obrigatoriedade de consulta da meteorologia desde o campo base.

 Trekking na Suécia

A Suécia é o terceiro maior país da Europa, em termos de área, com 450.295 km² com um população de aproximadamente 9,2 milhões habitantes. Apesar da sua latitude grande parte da Suécia beneficia de um clima temperado (devido à influência da corrente do Golfo) com quatro estações distintas e temperaturas amenas durante todo o ano que beneficia a prática do trekking. O país possui quase 400 rotas de trekking que atravessam o país.

Todas estas rotas são devidamente sinalizadas. Nestes caminhos de trekking estão cadastrados 350 albergues, refúgios de montanha e cabanas em perfeito estado de manutenção. A gestão de todos estes recursos é feito pela agência nacional STF, que também provê uma imensa fonte de informação sobre as opçães de trekking no país.

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Os escritórios de Design e Arquitetura SA lab (http://salab.org/) e studio MAP apresentaram propostas distintas para a construção destes refúgios de montanha disponibilizados  aos praticantes de trekking. Ambos os projetos são, ao mesmo tempo, distintos, arrojados, futuristas e extremamente interessantes. Cada qual à sua maneira e  reflete bastante o estilo nórdico de design esbanjando simplicidade e requinte.

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O escritório SA Lab desenhou o refúgio de montanha influenciado por uma lenda islandesa de uma árvore que simboliza a vida. No seu conceito os viajantes podem encontrar tudo o que necessitam para pernoitar. Todo o refúgio utiliza formas e símbolos culturais da arquitetura islandesa. Na proposta do abrigo houve também a preocupação que os praticantes de trekking ficassem, além de protegidos, ainda em contato com a natureza. No centro do abrigo há um tanque aquecedor, equipamentos médicos e espaços para serem guardados alimentos. O abrigo reusa a água da chuva, que é filtrada e armazenada para uso dos trekkeiros. Toda a construção é feita de aço e madeira reciclados.

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Já os designers do escritório studio MAP, que está baseado em Estocolmo, se inspiraram em um formato mais futurista e que, por conta disso, pode ser adaptado a vários tipos de terreno. O modelo foi batizado de “Dice” (Que significa Dado em idioma inglês) e utiliza formas e esquemas conceituais que podem ser rotacionados para se adaptarem a todo tipo de relevo.

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