Foto: http://warriorsway.com
Minha filha Emma tem catorze anos de idade. Ela é uma adolescente. É importante para as crianças que elas sejam ativas, participando de alguma atividade física, para criar corpos e mentes saudaveis.
A atividade física ativa o corpo e o ajuda a crescer. Ela também expande a mente, criando confiança. Isto é especialmente importante para as meninas jovens. Nossa sociedade tende a criar uma percepção inconsciente nas garotas de que elas não são tão importantes quanto os garotos. Elas são socializadas a pensar que as meninas deveriam deixar os desafios de atividades físicas para os garotos.
Emma praticou futebol, dança e corrida, mas ainda não encontrou uma atividade que ela goste. Ela não quis participar de nenhum outro esporte que estava disponível em sua escola. Eu lhe disse que se ela não participasse de um esporte na escola, então ela teria que fazer alguma atividade física comigo em casa.
Ela não é muito motivada com a escalada. O que ela decidiu fazer é uma malhação padrão e andar de bicicleta. Então, fizemos um acordo: O que não é negociável; apenasquando é negociável. Decidimos o que faríamos para nossa malhação; quando a faríamos, dentro de um espaço de tempo razoável, era negociável.
Os adolescentes estão como em um número de equilibrismo. Eles estão equilibrando a criação de uma identidade do egocom um desejo de aprender. Eles estão criando uma identidade, separadamente de suas famílias, enquanto vão progredindo no caminho de se tornar adultos, aonde eles se separam de fato.
O ego se identifica e mede quão importante ele mesmo é, com o que ele consegue realizar. Portanto, atingir resultados finais rapidamente, tal como atingir o 9º grau de escalada ou ter bom desempenho nas competições, é importante.
Separar-se das famílias e focar em resultados finais afeta sua habilidade de ter um bom desempenho, criando a ansiedade de performance antes de atuar e gerando pânico durante as performances. Quando eles não alcançam as metas das expectativas do ego, eles tendem a se afastar e ficarem sós, procurando uma forma de reconciliar o que ocorreu.
Eles podem tender a resistir a permanecerem abertos conosco porque não querem ser criticados. Eles sentem que revelar o que os deixou em pânico os fará parecer fracos e essa imagem danificará seus egos.
Como treinadores, instrutores e pais, nós nos esforçamos para achar formar de lidar com adolescentes que não expressam o que está criando sua ansiedade. Não podemos ajuda-los se não sabemos o que os está atrapalhando. Mas, já não sabemoso que os está atrapalhando? Sabemos que eles estão no processo de criar uma identidade de ego que é motivada por atingir metas rapidamente e vulnerável ao criticismo.
Ao invés de focar em fazer com que os adolescentes se abram, deveríamos focar em deslocar sua motivação de atingir metas rapidamente, para adotar um processo de aprendizado lento. O que deles precisa ser mudado.Os técnicos devem continuar a falar, instruir e agir em formas que demonstrem o que eles valorizam: um processo de aprendizado lento ao invés de atingir metas rapidamente. Fazer isto ajuda com que os adolescentes gradativamente façam essa mudança em seus que. Como treinadores e pais, o que não é negociável.
O quando é negociável. Quando é uma questão de tempo certo. Quando eles estão prontos, eles começarão a se abrir e a integrar os conceitos. Não podemos forçar essa mudança neles; podemos apenas criar o ambiente para que eles façam a mudança quando estiverem prontos.
O tempo certo aponta para a importância da mudança de foco de nós para eles. São eles que estão aprendendo. Nós devemos mudar nosso treinamento para suas perspectivas para que eles possam integrar o que estamos ensinando, quando eles possam integrá-lo. Podemos pensar que eles não estão nos escutando, mas eles estão. Eles escutam o nosso que e o integrarão quando eles forem capazes.
Hoje foi quando Emma concordou em malhar comigo. Ela disse que não sentia vontade. “Quando você quer fazê-lo? Mais tarde hoje ou amanhã?” eu lhe perguntei. “Nenhum dos dois”, ela respondeu. Então, eu lhe lembrei de nosso acordo: o quenão é negociável; apenas quando é. Então ela escolheu uma hora depois da escola para nossa malhação.
O que aponta para o que eu, como pai, determinei que é importante. Fazer exercício físico é um processo contínuo e lento, que criará um corpo físico forte e uma mente confiante. O que não é negociável. Quando aponta para quando a atividade física encaixaria melhor em seu dia. Ela pode não se sentir com vontade de fazê-lo de manhã. Ela conhece o tempo certo melhor do que eu. Quando, dentro de um espaço de tempo razoável, é negociável.
Como treinadores e pais, precisamos ter certeza de que o que nós enfatizamos é um processo de aprendizado lento. Não negocie o que, o processo. Portanto, seja flexível no tempo. Deixe-os com a função de determinar o quando. Fazer isto os deixa engajados em seus próprios processos de aprendizado, encaixando-os na hora quando será o mais efetivo para eles.
Dica Prática: Criando o ambiente de aprendizado
Para criar o ambiente de aprendizado nós simplesmente treinamos, falamos e continuamente enfatizamos o que queremos expandir na consciência dos alunos: um processo lento de aprendizado. Os alunos tenderão a focar no pensamento de “tudo ou nada”: se eles não acreditam que podem cumprir a meta (tudo), então eles não irão exercer nenhum esforço (nada).
Pensar desta forma desloca o quando deles para longe de um espaço razoável de tempo. Você deverá mudar a motivação deles para que eles possam escolher um quando para executar o seu que.
Um dos principais processos para aplicar no treinamento mental é encontrar pequenas ações que você pode realizar. Encontre formas para que os alunos realizem pequenos passos na direção de seu que. Fazer isto enfatiza um processo lento de aprendizado e os deixa engajados nele, quando eles estiverem prontos.
O livro “The Rock Warrior Way – Mental Training for Climbing” está à venda traduzido para a língua portuguesa no Brasil em: http://www.companhiadaescalada.com.br/
Tradução do original em inglês: Gabriel Veloso
Arno Ilgner distinguiu-se como um escalador pioneiro nos anos 1970 e 80, quando as principais ascenções foram as primeiras fortes e perigosas. Essas façanhas pessoais são a base para Ilgner desenvolver o programa de treinamento físico e mental – Rock Warrior Way ®. Em 1995, após uma pesquisa aprofundada da literatura e prática de treinamento mental e as grandes tradições guerreiras, Ilgner formalizado seus métodos, fundou o Instituto Desiderata, e começou a ensinar seu programa de tempo integral. Desde então, ele tem ajudado centenas de estudantes aguçar a sua consciência, o foco de atenção, e entender seus desafios de atletismo (e de vida) dentro de uma filosofia coerente, baseada em aprendizado de tomada de risco inteligente. Ilgner considera a alegria e satisfação no esforço – a “viagem” – intimamente ligada à realização bem sucedida das metas.